Até o dia 4 de agosto, nove educadoras da Expedição Vaga Lume – 15 anos visitarão Barreirinha, Mirinzal e Guimarães. Elas farão um balanço da atuação da organização durante esse período.

A caravana saiu de São Paulo rumo à Região da Amazônia Legal com a missão de avaliar o trabalho realizado pela organização e classificar suas bibliotecas de acordo com critérios e parâmetros estabelecidos internamente.

A viagem teve início em junho e se estenderá até outubro, e passará pelas 158 comunidades rurais de 23 municípios da Amazônia Legal brasileira onde a Vaga Lume atua.

História – A Vaga Lume começou quando três amigas - Sylvia Guimarães, Maria Teresa Meinberg e Laís Fleury – decidiram conhecer melhor o Brasil e fazer uma viagem para a Amazônia bem diferente das que estavam acostumadas.

As amigas queriam fazer algo a mais pelas comunidades rurais que, por um lado, enfrentavam a dura realidade da falta de investimento em educação e a ausência de livros; mas, por outro, detinham uma rica cultura e exuberante paisagem.

O objetivo era, na verdade, trocar conhecimentos, realizar um intercâmbio cultural. Nascia, assim, com muito idealismo na bagagem, a Vaga Lume, que por meio do Programa Expedição, promove o acesso ao livro e à leitura para crianças e jovens de comunidades rurais da Amazônia Legal brasileira, paralelamente à valorização da cultura local.

“Nesses quase 15 anos de atuação acompanhamos de perto o andamento do programa e isso foi fundamental para viabilizar nosso crescimento. A expedição vai voltar em cada uma das comunidades atendidas pela Vaga Lume para avaliar como está hoje o trabalho e fazer um balanço de tudo que já foi feito”, afirma Sylvia Guimarães, fundadora e presidente da Vaga Lume.

Desde 2001, 86.328 livros de literatura novos foram distribuídos e, só em 2014, mais de 22 mil crianças e jovens foram beneficiados. A metodologia do Programa Expedição tem como base três ações interligadas: a doação de estrutura para bibliotecas (livros, estantes e esteiras); a capacitação de voluntários das comunidades e dos municípios como mediadores de leitura e como multiplicadores da metodologia e, ainda, o incentivo à gestão comunitária da biblioteca (sua manutenção e funcionamento, mas também organização de assembleias para discutir temas de interesse coletivo da comunidade, entre outras atividades).

“Para que o resultado seja alcançado, as três ações devem ser implementadas conjuntamente: a doação de estrutura promove o acesso ao livro; a capacitação de voluntários como mediadores de leitura qualifica esse acesso, enquanto o incentivo à gestão comunitária dá sustentabilidade local ao equipamento cultural”, comenta a presidente.

Reflexão - Durante os quase 15 anos de atuação, a Vaga Lume sempre refletiu sobre o trabalho desenvolvido nas bibliotecas: se era a melhor estratégia de atuação, quais as melhorias e adaptações necessárias, e até mesmo, sobre os resultados gerados ao longo desse tempo.

“Com essa expedição fortaleceremos também a atuação dos voluntários de nossas equipes locais, nossa principal estratégia de ação na zona urbana dos municípios onde estamos. Ao final, os voluntários certamente estarão mais motivados para gerir as bibliotecas comunitárias do município em multiplicar a metodologia da Vaga Lume, formando novos mediadores de leitura para ampliar ainda mais o acesso ao livro e à leitura nas comunidades rurais da Amazônia”, garante Márcia Licá, educadora do Programa Expedição.

Até hoje, foram formados pela Vaga Lume 3.173 mediadores de leitura e 482 multiplicadores da metodologia.

“Será mais um passo no sentido de fortalecer o vínculo com as comunidades e avaliar o trabalho desenvolvido para podermos sonhar com o futuro da Vaga Lume”

Márcia Licá

Educadora do Programa Expedição

Municípios

Barreirinhas

Mirinzal

Guimarães

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