Protesto

Moradores cobram pavimentação de vias no Conjunto São Raimundo

Manifestantes reivindicam recuperação asfáltica de avenidas e mais atenção do poder público para a zona rural de São Luís

Andressa Valadares / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56

Moradores de comunidades que integram a área do Conjunto São Raimundo, em São Luís, interditaram durante toda a manhã de ontem a Avenida da Saudade, que liga mais de 50 bairros da região. Os manifestantes reivindicavam melhorias na infraestrutura das vias, principalmente nas avenidas da Saudade e Tibiri, que estão intrafegáveis. Além disso, a população cobrou mais atenção do poder público em relação à zona rural da capital maranhense, que, segundo eles, está esquecida há anos.

Tem comunidade que nunca viu um benefício. Estamos vivendo uma situação caótica”, Josiel Silva, morador e presidente da União de Moradores da Vila Militar
De acordo com Josiel Silva, presidente da União de Moradores da Vila Militar, existem comunidades da região do São Raimundo que nunca foram beneficiadas com qualquer melhoria. Segundo ele, a situação está caótica, principalmente no que diz respeito à pavimentação asfáltica da maioria das vias de acesso às comunidades da zona rural. “Nossa principal reivindicação é em relação à acessibilidade. Tem comunidade que nunca viu um benefício. Estamos vivendo uma situação caótica e queremos que a pavimentação asfáltica chegue a todas as comunidades, não só a algumas”, destacou.

Uma dessas comunidades é a Novo Horizonte, que existe há mais de 20 anos. De acordo com Tomás Rodrigues, presidente da Associação de Moradores do bairro, vários pedidos já foram protocolados junto à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) e acordos também foram firmados, mas nenhuma das promessas foi cumprida.

“Nós temos protocolados vários ofícios na Semosp, vários acordos, mas nada foi cumprido. O Novo Horizonte tem 21 anos de existência e nunca tivemos benefícios. São mais de 23 comunidades próximas que nunca viram os benefícios do crescimento”, reclamou.

Outros problemas – A população também denuncia a falta de segurança e a deficiência na assistência à saúde dos moradores. Fátima Sales, que é enfermeira e moradora do Novo Horizonte, afirma que o único trailer da polícia que havia instalado em uma praça da região foi retirado. Quando algum morador precisa do auxílio de uma ambulância para ser socorrido, é ela quem oferece o amparo.
“A gente ajuda a população por uma questão de amor, de caridade com o próximo. Mas isso não é papel nosso. Tínhamos uma ambulância no posto de saúde do bairro, que não passou nem três dias e nunca mais a vimos. Quando alguém precisa, é na minha casa que vão bater, porque eu ajudo. Se nós tivéssemos o apoio do poder público, poderíamos estar encaminhando todas as demandas das comunidades”, assinalou.

Prefeitura - Em nota, a Semosp informou que está trabalhando em toda a região do São Raimundo e ressaltou que, nos últimos meses, requalificou mais de 7 quilômetros na região, incluindo as ruas do Posto, da Caixa d'Água, da Igreja, da Vitória, 16 e 4, do Muro e avenidas da Granja e Cascavel, parte delas já contempladas também com tratamento de drenagem superficial para a correção de meio-fio e sarjeta. E que está asfaltando dezenas de ruas no Residencial Pontal da Ilha.
Ainda segundo a Semosp, outras vias do São Raimundo estão inseridas na programação de serviços, a exemplo das avenidas Tibiri e São Raimundo, e que as obras nesses locais, devido à necessidade de implantação de drenagem profunda, só poderão ser iniciadas no segundo semestre, devido ao fim do período chuvoso.

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