O Maranhão, apesar de responder por 71,4% do arroz produzido na Região Nordeste, vem registrando reduções na produção, na área plantada e em produtividade da cultura, segundo informações do 10º Levantamento da Safra de Grãos 2014/2015, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com relatos de produtores aos técnicos da Conab, eles estão optando por substituir o arroz pelo milho por conta de três fatores: os custos elevados do cultivo do arroz, a oferta de produto de maior qualidade importado de outros estados produtores e a falta de sementes de arroz fiscalizadas.
Por conta dessas dificuldades, o Maranhão, que até então se destacava no cenário nacional, ocupa hoje somente a quinta posição no ranking produtor de arroz – os maiores produtores são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins e Mato Grosso.
O mais novo levantamento da Conab mostra bem esse cenário de queda da produção maranhense de arroz, que não deve passar de 563,5 mil toneladas, ou seja, 14,4% menor que o colhido na safra passada, que chegou a 658,4 mil toneladas.
Esse resultado está diretamente ligado à redução de 7% na área plantada, que saiu de 389,1 mil hectares na safra 2013/2014 para 361,9 mil hectares na atual safra. Como também é impactado pela redução de 8% na produtividade da lavoura, que não passa de 1.557 kg/hectare.
Apesar de ter sido uma opção de substituição dos produtores de arroz, o milho também não vem apresentando bom desempenho na atual safra. A área plantada recuou quase 20%, saindo de 606,4 mil hectares para 487,9 mil hectares.
Safrinha - O pior resultado foi registrado na safrinha, com uma queda de 39,4% na produção. Com isso, o Maranhão, que na safra passada colheu 1,72 milhão de toneladas de milho, não deve produzir mais que 1,48 milhão de toneladas agora. O recuo é de 13,7%, segundo a Conab.
No caso da cultura do feijão, a situação não é diferente do milho e arroz, pois também está em curvatura de queda. A redução de 7,9% na área plantada tem reflexo na produção, que não deve passar de 44,1 mil toneladas (4,3% menor que a safra anterior).
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