Corte nos gastos de campanha

A Comissão da reforma política da Câmara e seu relator Rodrigo Maia (DEM-RJ) estão consultando os partidos sobre um corte nos gastos da campanha presidencial de 30% a 40%.

ILIMAR FRANCO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h57

A Comissão da reforma política da Câmara e seu relator Rodrigo Maia (DEM-RJ) estão consultando os partidos sobre um corte nos gastos da campanha presidencial de 30% a 40%. A referência é a da presidente Dilma em 2014, que custou R$ 350,2 milhões. Se o corte for de 30%, em 2018 o limite de gastos será R$ 245,1 milhões. Se for de 40%, será de R$ 210,1 milhões. A comissão quer encontrar um limite realista.

A pauta conservadora

Aprovada a redução da maioridade penal, os conservadores pretendem aprovar outras leis de sua agenda. Mudar o Estatuto de Porte de Armas de Fogo, reduzindo impostos e a idade mínima para a compra de 25 para 21 anos. No Estatuto da Família, manter que ela é constituída por um homem e uma mulher. Mudar da Funai para a Câmara a decisão sobre a demarcação de terras indígenas. São do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, projetos para considerar a prática de aborto crime hediondo e agravar a pena dos médicos que o realizam. Ele quer instituir, no terceiro domingo de dezembro, o Dia do Orgulho Hétero. Alguns desses projetos têm apoio popular.

“Mudar o voto — 34 na PEC do financiamento e 23 na da maioridade — está transformando a Casa do Povo em Casa das convicções efêmeras”

Chico Alencar, deputado (PSOL-RJ)

Areia movediça

O marqueteiro João Santana só vai definir na última hora o tom dos discursos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma no programa de TV do PT, que vai ao ar em agosto. A justificativa é a de que “a conjuntura política está mudando muito”.

Cofrinho

Socialistas relatam que a filiação da senadora Marta Suplicy (SP) empacou por causa do financiamento da candidatura à prefeitura de São Paulo. Pessoas próximas à senadora cobraram do PSB com quanto a sigla entraria. Os socialistas colocaram o pé no freio, porque concluíram que era inoportuno tratar desse tema espinhoso na atual conjuntura.

Sangue de barata

A avaliação no PMDB é a de que Júlio Delgado (PSB) e Arlindo Chinaglia (PT) não se conformam com a derrota na eleição para a presidência da Câmara. E que por isso, sobretudo os petistas, fazem tantos protestos nas sessões de votação.

Dupla militância

A radicalização dos eleitores nas redes sociais, na votação da maioridade penal, chamou a atenção do líder do PPS, Rubens Bueno (PR). Dá como exemplo os ataques que vem sofrendo por ter votado contra a redução. “Quem promete não votar em mim diz que não vota na Mara Gabrilli (PSDB-SP). Ele vota em São Paulo ou no Paraná?”

Medo de avião

Os petistas são hostilizados. Mas deputados e senadores de outros partidos não querem correr riscos. Muitos são os que não usam mais aqueles broches que adornavam seus paletós. Temem protestos corporativos e a militância antipolítica.

Terceirizar as prisões

A CPI do Sistema Carcerário na Câmara pode aprovar a privatização das penitenciárias. Seus defensores creem que a redução da maioridade penal e a carência de recursos públicos para a construção de novas unidades ajudarão.

A COMUNICAÇÃO dos tucanos falhou na votação da maioridade penal. Avaliam que não chegou à opinião pública que o PSDB foi protagonista.

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