Os 9,7 milhões de aposentados, pensionistas e segurados que ganham benefícios do INSS acima do salário mínimo vão ter direito ao mesmo aumento que é destinado aos 22,5 milhões que recebem o piso nacional. Em votação surpreendente, a Câmara derrotou o governo e aprovou emenda à Medida Provisória 672/15, estendendo a correção acima da inflação para esse grupo. A MP mantém as atuais regras de reajuste do mínimo de 2016 a 2019.
A emenda à proposta que iguala a correção para todos os aposentados, independente do valor do benefício, foi mantida por 206 votos a 179. Com a decisão, o mecanismo de valorização do mínimo vai corrigir todos os benefícios do INSS pelo INPC do ano anterior mais o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Assim, abre possibilidade para que mais aposentados tenham aumento real, caso a economia do país apresente desempenho melhor e volte a crescer.
Agora, a MP aprovada seguirá para votação em plenário do Senado. Como a medida sofreu alteração com emendas vai ser apreciada pelos senadores na forma de Projeto de Lei de Conversão (PLC). Caso também seja aprovado, será enviado à Presidência da República para ser vetado ou sancionado.
O autor da emenda que estendeu o reajuste acima da inflação aos aposentados que ganham mais, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), comemorou a vitória contra o governo. Ele lembrou que o último ano em que esse segmento da categoria teve ganho real foi em 2010, ainda no governo Lula. De lá para cá, os benefícios desses aposentados do INSS foram corrigidos apenas pelo INPC acumulado.
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