A partir do dia 1º de julho, próxima quarta-feira, estará proibida a venda das lâmpadas incandescentes de 75W e 100W. A fabricação ou importação destas lâmpadas já estava proibida desde julho do ano passado, e agora elas deixarão de ser vendidas definitivamente.
Também será iniciada a contagem regressiva para as lâmpadas incandescentes de 60W, as mais usadas pelos brasileiros. A partir do dia 30 de junho, elas não poderão mais ser fabricadas nacionalmente ou importadas.
No entanto, os fabricantes e importadores que ainda tiverem estoques destes modelos têm autorização para vendê-los até o dia 30 de dezembro deste ano. E os lojistas, por sua vez, poderão vendê-los para os consumidores até 30 de junho de 2016, quando deixará de existir no Brasil.
O Brasil optou por eliminar a fabricação e comercialização das lâmpadas incandescentes de forma gradual, assim como aconteceu com os países europeus. Na Europa a eliminação quase que total da incandescente levou três anos e encerrou-se em 2012. Em outros países a escolha foi banir essa lâmpada de uma única vez, começando por Cuba em 2005, seguido pela Austrália em 2010, Argentina em 2011 e Estados Unidos em 2014.
No Brasil, não existe lei determinando a proibição da fabricação ou importação e comercialização das incandescentes, como muitos acreditam. O que existe é uma Portaria Interministerial de n° 1007, de 31/12/2010, na qual o Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - estabelece a eficiência luminosa mínima para as lâmpadas incandescentes, em patamares muito altos, que inviabilizam sua fabricação.
“Trata-se de uma escolha mundial para reduzir o consumo de energia elétrica, a geração de calor e emissão do CO2 que produzem o efeito estufa, e o excesso de descarte que contamina o meio ambiente”, explica Gilberto Grosso, CEO da Avant, empresa brasileira de lâmpadas e luminárias.
LED - Estima-se que no mercado de incandescentes em 2014 tenham sido vendidos próximo a 250 milhões de unidades. Com o fim da fabricação dessa tecnologia de lâmpada em 2016 e fim da comercialização geral em 2017, a migração irá para as compactas fluorescentes, conhecidas como econômicas, e para os modelos de LED.
As lâmpadas fluorescentes e de LED, denominadas também de brancas, apesar de serem mais caras, trazem redução no orçamento anual do consumidor. Mesmo com preços mais elevados do que as incandescentes, as luzes brancas são mais econômicas.
As lâmpadas incandescentes custam cerca de R$ 2,00 e as fluorescentes são cinco vezes mais caras, ou seja, R$ 10,00. Já as de LED, são encontradas a partir de R$ 20,00. Porém na conta anual os números são diferentes.
Em uma comparação com os três tipos de lâmpadas fica comprovada a redução. Especialistas afirmam que todas fornecem a mesma quantidade de luz, mas têm potência diferente. Uma lâmpada incandescente, de 60 watts, se ficar acesa todos os dias por cinco horas em uma casa, vai custar R$ 85,00 por ano ao morador. A fluorescente, de 15 watts, mas com a mesma intensidade de iluminação e ligada durante o mesmo período, gera um gasto de R$ 25,00 por ano. Já a lâmpada de led, de 9 watts, suficiente para deixar o ambiente bem claro pelo mesmo tempo, custa R$ 12,00 por ano.
Segundo especialistas, a lâmpada de LED dura de duas a três vezes mais do que uma fluorescente compacta, e em torno de 15 a 20 vezes mais do que uma incandescente, ou seja, existe menos troca de lâmpada e uma vida útil melhor, sem esquentar o ambiente onde ela está instalada.
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- Especialistas explicam que o custo versus o benefício que uma lâmpada de LED proporciona compensa a substituição, já que o LED dura muito mais; não é poluente, pois não contém metais pesados como o mercúrio; gera menos calor e, com isso, menos dióxido de carbono (CO², responsável pelo efeito estufa); não emite radiação UV; e gera 25 vezes menos lixo contaminante do meio ambiente, já que a troca por causa do fim da vida mediana útil da lâmpada é de longo prazo – 25 mil horas.
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