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Continua a greve dos professores de Godofredo Viana

Município alega que não há como conceder reajuste e obteve liminar favorável para o retorno da categoria para a sala de aula

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58
Professores protestam pelas ruas da cidade para chamar atenção
Professores protestam pelas ruas da cidade para chamar atenção (Professores em Godofredo Viana)

Godofredo Viana – Os professores municipais de Godofredo Viana continuam em greve mesmo depois de liminar favorável ao Município. Eles estão em greve desde o dia 8 de maio e cobram da prefeitura a abertura de negociações para discutir a reposição salarial de 13,01%, o cumprimento da jornada extraclasse e a reestruturação do plano de carreira. O prefeito, Marcelo Jorge (PTB) informa que não há como conceder reajuste no momento.

Segundo a unidade do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estaduais e Municipais do Estado do Mara (Sinproesemma), em Godofredo Viana, até o momento o governo municipal não fez nenhum acordo e entrou na Justiça pedindo a volta dos professores a sala de aula.

A categoria realizou protestos para chamar a atenção da administração municipal para negociar. Os professores também reivindicam a presença de um secretário de Educação e gestores nas escolas.

Mesmo com vários atos públicos e o envio de ofícios para a Prefeitura, na tentativa de solucionar o impasse, para que os alunos não sejam prejudicados, o poder público não deu respostas. O Município enviou ao sindicato somente um ofício solicitando o retorno imediato dos professores às suas atividades.

“A greve dos educadores de Godofredo Viana continuará”, conforme o dirigente do sindicato, Reinaldo Cruz, após tomar conhecimento de uma liminar que considerou a luta dos trabalhadores ilegal.

Argumento - De acordo com Cruz, o argumento da liminar, concedida na última terça-feira, não é válido, pois os trabalhadores tentaram negociar com os gestores em duas reuniões realizadas nos dias 12 e 23 de abril.

“A secretária de Administração, Planejamento e Finanças, e também secretária interina de Educação, Gianni Ayoub Jorge Torres, que não reside em Godofredo Viana, nem chegou a ser localizada pelos professores”, disse o sindicalista.

Cruz estima que, nos primeiros quatro meses deste ano, a sobra na folha de pagamento chegou a R$ 600 mil, sendo que o reajuste mensal dos professores da rede municipal de ensino custaria apenas R$ 11 mil.

Algumas escolas estão funcionando com professores contratados temporariamente, que temem perder o emprego com a adesão à greve, conforme os manifestantes. “Porém, esses trabalhadores são obrigados a assumir até três salas ao mesmo tempo para compensar a falta dos profissionais que aderiram ao movimento”, comentou Cruz.

MAIS

Os pais, preocupados com o rendimento escolar das crianças, se recusam em mandar seus filhos para a escola. Em apoio ao movimento grevista, eles realizaram duas caminhadas nas avenidas da cidade, denunciando o caos na educação municipal. Na última quarta-feira, os professores foram aos bairros da cidade para recolherem assinaturas que vão compor um abaixo-assinado. No documento, os educadores reivindicam reforma nas escolas, transporte escolar, merenda e creches no município.

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