Depois de sumir da sessão da segunda-feira, 8, os vereadores da base do prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PTC), tentaram resumir as denúncias de supressão de direitos no projeto de lei 076/2015, que dispõe sobre a licitação do transporte público, a erros de redação que serão corrigidos.
O líder da Prefeitura na Câmara Municipal de São Luís, Osmar Filho (PSB), disse que não há mais o que se discutir sobre o projeto de lei da licitação no sistema de transporte público. Segundo ele, houve erros na redação, o prefeito Edivaldo Júnior admitiu o erro e retirou da Casa a proposta para que os equívocos sejam corrigidos.
Osmar Filho chegou a dizer que os vereadores de oposição estão fazendo politicagem porque o prefeito já havia admitido o erro em nota divulgado em rede social.
“Eu não sei porque insistir nesse assunto porque assim que soube do erro formal se manifestou e garantiu que tudo seria corrigido. A mensagem não está mais nem nessa Casa. Esse assunto já deu o que tinha que dá. O prefeito já encerrou esse assunto”, afirmou Osmar Filho.
"O que temos, na verdade, são erros. Erro de relação entre o prefeito e os estudantes da rede privada de ensino; erro de relação entre o prefeito e os deficientes físicos; erro de relação entre o prefeito e as mulheres gestantes; erro de relação entre o prefeito e os idosos; erro de relação entre o prefeito e os empresários ao acabar com a câmara de compensação tarifária”Fábio Câmara, vereador
No entanto, as justificativas do parlamentar não convenceram a oposição que reclamou dos sucessivos erros cometidos pelo Poder Executivo em suas proposições enviadas para ser votação em regime de urgência pela Câmara Municipal e também classificou de má fé a tentativa de aprovar em regime de urgência o projeto.
A vereadora Rose Sales (PP) classificou má fé o projeto de lei e disse que a tentativa foi prejudicar a população. Além disso, a parlamentar alertou os colegas que a Câmara Municipal deve evitar as votações em regime de urgência porque sem uma análise prévia, os vereadores poderão prejudicar a população.
Fábio Câmara (PMDB) lembrou que os erros de redação nos projetos enviados pelo Poder Executivo são recorrentes. Segundo ele, em dezembro do ano passado, em projeto de lei enviado e votado em regime de urgência, foi extinta a vice-prefeitura de São Luís quando o certo seria extinguir a verba.
“Se não fosse o olhar atento do vereador José Joaquim que mostrou o erro cometido pelos vereadores ao aprovar tal matéria, a Câmara teria cometido um ato inconstitucional”, afirmou Fábio Câmara.
Tentativa de explicações gera crise
A defesa de Osmar Filho e também dos vereadores Pedro Lucas Fernandes (PTB) e Pavão Filho (PDT) feita em prol do prefeito Edivaldo Júnior levou a um bate boca na Câmara Municipal.
Os vereadores se desentenderam com Fábio Câmara e criticaram os demais vereadores que reclamaram do projeto de lei 076/2015. Osmar Filho e Câmara trocaram acusações e ofensas.
Para o líder da prefeitura, somente um erro – já admitido pelo prefeito e que será corrigido pela sua equipe – não justifica o que ele classificou de “circo” armado por “alguns vereadores”.
Fábio Câmara rebateu e elencou para Osmar Filho pelo menos oito pontos do projeto de lei que retira direitos adquiridos pela população.
“O líder da Prefeitura fala em erro na mensagem do prefeito. O que temos, na verdade, são erros. Erro de relação entre o prefeito e os estudantes da rede privada de ensino. erro de relação entre o prefeito e os deficientes físicos, erro de relação entre o prefeito e as mulheres gestantes, erro de relação entre o prefeito e os idosos, erro de relação entre o prefeito e os empresários ao acabar com a câmara de compensação tarifária”, rebateu Câmara.
MAIS
Os vereadores de oposição na Câmara Municipal fizeram a sugestão ao líder da prefeitura na Casa, Osmar Filho, para que o prefeito Edivaldo Júnior (PTC) demita a equipe responsável pela elaboração de projetos do Poder Executivo.
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