Comemoração Junina

Festejos religiosos movimentam igrejas católicas em São Luís

Para homenagear os santos de junho, as paróquias planejaram uma vasta programação com missas, batizados, momentos de devoção e louvor e procissões

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58

O mês de junho é um dos períodos mais esperados do ano por causa das festas juninas, dos arraiais e apresentações de grupos de bumba meu boi. Mas o mês também é de muitas celebrações na Igreja Católica. Tradicionalmente, Santo Antônio, São João e São Pedro são homenageados nos novenários, que se encerram nos dias 13, 24 e 29, reunindo centenas de devotos, que aproveitam para fazer promessas, agradecer bênçãos alcançadas e renovar a sua fé.

As festas dedicadas aos santos já tiveram início em São Luís. Desde o dia 1º, devotos de Santo Antônio estão celebrando os ensinamentos do santo conhecido como casamenteiro e por sua compaixão aos pobres. O festejo segue até o dia 13 e a programação diária tem várias atividades. São missas, recitação de terço, testemunho de vida e programação cultural no largo da igreja, no Centro, das 6h às 20h.

No dia encerramento, quando há a distribuição de pães, centenas de devotos são esperados durante todo o dia na igreja. O dia começará com uma santa missa dos Antônios e Antônias e batizados. O ápice será o momento da procissão pelas ruas do entorno da igreja e missa campal.

Segundo o padre Raimundo Meireles, toda a programação deste ano seguirá o tema “Eu vim para servir”, que é uma referência à Campanha da Fraternidade. Essa foi uma orientação do Papa Francisco, para que se desse uma cara nova à evangelização. Por isso, o festejo contempla esse modelo de evangelização, para que as pessoas sintam-se acolhidas à luz da espiritualidade de Antônio.

Ainda de acordo com o padre, Santo Antônio tem um grande apelo popular. Por isso, está sendo esperado um grande público para as maiores celebrações da programação. "A sua espiritualidade é muito mais profunda. Ele é um santo popular, muito embora a temática seja voltada para uma espiritualidade baseada na sagrada escritura. Mas seu testemunho, sua vida toda foi voltada aos pobres. Essa identificação originária permaneceu na história da Igreja, um testemunho de um frade que era capaz de retirar alimentos do próprio convento para distribuir aos pobres", explicou.

Quanto ao título de casamenteiro do santo, o padre Raimundo Meireles afirma que esse caráter atrai muitos fiéis. "Aos jovens, ele orientava e fazia com que tivessem a perspectiva de criar uma família e por isso tornou-se o santo casamenteiro. Isso ficou no imaginário popular. Nas peças clássicas dos textos de Antônio, podemos observar como ele se volta às pessoas com essas orientações", disse.

Preparação - Já a comunidade da Igreja de São João está se preparando para a festa, que começará no dia 15 e seguirá até o dia 24. Neste ano, o festejo será ainda mais grandioso em comemoração aos 350 anos de construção da igreja, segundo o padre Heitor Morais. Construída em 1665, pelo governador Ruy Vaz de Silveira, a igreja terá sua história celebrada no festejo.

Os pontos altos da programação serão muitos. A abertura deve contar com apresentação de um grupo de bumba meu boi no largo da igreja, para saudar São João. No dia 21, o Coral São João se apresenta comemorando seus 38 anos. E no dia 24, dia dedicado ao santo, os grupos de bumba meu boi de sotaque de orquestra se apresentam no largo e seguem em procissão até a Praça Maria Aragão.

De acordo com o pároco da igreja, também está sendo esperado um grande público na igreja pela importância de São João na história da Igreja. "João é o precursor de Jesus. Foi ele que preparou o povo para acolher Cristo", afirmou o padre Heitor Morais.

A Capela de São Pedro receberá, como acontece há mais de 100 anos, brincantes e devotos no dia 29 para homenagear o santo. A capela é ponto de chegada do andor depois da procissão marítima de São Pedro. Tradicionalmente, os devotos saem do Porto do Jenipapeiro rumo à Rampa Campos Melo. A procissão terrestre reúne milhares e ainda conta com uma missa campal no encerramento.

Sua vida toda [Santo Antônio] foi voltada aos pobres. Essa identificação originária permaneceu na história da Igreja, um testemunho de um frade que era capaz de retirar alimentos do próprio convento para distribuir aos pobres"Padre Raimundo Meireles, da Igreja de Santo Antônio

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