Operação Garotinho

ILIMAR FRANCO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58

A família Garotinho aprovou no Senado projeto de resolução que permite aos municípios tomar empréstimos dando como garantia receitas futuras de royalties do petróleo. O negócio quase melou. A Comissão de Assuntos Econômicos havia fixado o pagamento até 2016, último ano de mandato dos atuais prefeitos, inclusive de Rosinha Garotinho, em Campos. Suprimido esse trecho, a conta pode ficar para o sucessor.

Essa prática é comum no Rio

O ex-governador Anthony Garotinho e sua filha, a deputada Clarissa, só deixaram o Senado, na tarde de quinta-feira, após a resolução aprovada. A antecipação de receita dos royalties do petróleo já havia sendo feita, em 2013, no governo Sérgio Cabral. A Assembleia do Rio autorizou antecipar receita de R$ 4,8 bi para cobrir o Rioprevidência e garantir caixa e crédito para novos investimentos. Garotinho, na renegociação da dívida estadual com a União, em 1999, fez o mesmo uso dos royalties. A Fazenda antecipou R$ 5,7 bi em royalties, sendo R$ 2 bi para a dívida e R$ 3,6 bi para o Rioprevidência. Com isso reduziu os gastos para pagar os aposentados obtendo recursos para investir no estado.

“A reforma política é que nem o paraíso. Todo mundo quer, mas não agora”

Um líder partidário não identificado durante as negociações de bastidores para votar a fracassada reforma política

A vida é dura

É grande o pessimismo no governo. A maior preocupação não é o escândalo na Petrobras, mas a situação da economia. Avalia que para manter-se no poder depende de melhorias, que ainda não estão no horizonte, na economia internacional.

Amenidades?

A presidente Dilma e o presidente do Senado, Renan Calheiros, se falaram na noite de segunda-feira. Renan relatou que Dilma tinha dúvidas regimentais sobre a votação do ajuste. No dia seguinte, Renan esteve com o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). Contou que foi acompanhar um prefeito, o de Palmeira dos Índios, para tratar de temas locais.

Barraco

Vice-líder do governo, Sílvio Costa (PSC) afirmou que manter a coligação era “desrespeitoso” com o povo. E ficou apoplético quando o líder do governo, José Guimarães (PT), o desautorizou: “Ele não está falando em nome do governo”.

Bate e rebate

Negociador do PSDB na reforma política, Marcus Pestana subiu na tribuna para dizer que a Câmara aprovara uma “reforminha”. O relator, Rodrigo Maia (DEM), não gostou e reagiu: “Quero lembrá-lo que na reforma feita no governo Fernando Henrique, a única (mudança) foi a reeleição. O próprio PSDB acabou com ela agora”.

Chorinho

O plenário votava e Orlando Silva (PCdoB) foi ao microfone reclamar da saída de Vicente Neto da Embratur: “Imagino que a decisão foi uma homenagem da coordenação política do governo ao trabalho e à dedicação do PCdoB nesta Casa”.

Estrela

Discreto integrante da coordenação política, o ministro Gilberto Kassab está sendo elogiado. Dizem que ele tem opiniões equilibradas e sensibilidade política. Fora do eixo PT-PMDB, o ministro Aldo Rebelo também integra o núcleo.

AUTOR do projeto da reeleição, no governo FH, o líder do DEM, Mendonça Filho, subiu à tribuna da Câmara para criticar o fim da reeleição.

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