Nova invasão

Um dia após desocupação em área de mangue, famílias voltam ao local

À tarde, fiscais da Blitz Urbana derrubaram mais uma vez os casebres reerguidos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58

Famílias voltaram a erguer casebres às margens da Avenida Ferreira Gullar, em São Luís, um dia após a derrubada das construções em uma operação da Blitz Urbana. Contudo, na tarde de ontem, o órgão municipal também voltou ao local e retirou os barracões que começavam a ser erguidas na via.

A operação de ontem envolveu um contingente menor de pessoas, em comparação à atividade desenvolvida na quarta-feira, dia 27. Durante a ação, os fiscais das Blitz Urbana derrubaram três casebres que estavam na área de mangue e ainda retiram algumas estacas fixadas no chão, que demarcavam o terreno.

"São áreas públicas e de preservação que devem ser cuidadas e não invadidas", disse Rubemar Marques, diretor da Blitz Urbana. Ele afirmou também que foi estabelecido um diálogo com as famílias que estavam invadindo o terreno para que sejam encontradas alternativas de moradia para elas, com o intuito de evitar que ocupem a área novamente.

Um pouco mais adiante, ainda na Avenida Ferreira Gullar, próximo à Ponte José Sarney (Ponte do São Francisco), casebres também estavam sendo erguidos e foram derrubados pelos fiscais da Blitz Urbana. No local, foram encontrados pedaços de madeira fixados no chão, demarcando o terreno. Todo o material foi levado pelos fiscais do órgão municipal.

Derrubada - A atividade realizada na quarta-feira, dia 27, atendeu a uma determinação do Ministério Público Federal (MPF) de não permitir o avanço de construções na área de mangue na Avenida Ferreira Gullar.

Aproximadamente 25 fiscais da Blitz Urbana participaram da operação. Martelos, marretas e motosserras foram utilizados para derrubar os casebres e remover as estacas que estavam sendo utilizadas para fazer a demarcação no mangue. A ação foi acompanhada por fiscais da Superintendência de Patrimônio da União (SPU) e também por homens do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), que foram responsáveis por garantir a segurança.

MAPEAMENTO

Diversos pontos onde existem ocupações irregulares na cidade foram mapeados pela Blitz Urbana, entre elas áreas de preservação ambiental. Já foram desenvolvidas operações similares em áreas localizadas às margens do Rio das Bicas, no Bacanga; nas ocupações denominadas Portelinha e Jumento, no São Francisco; nas regiões do Coroadinho e em áreas do cinturão verde do Vinhais, no Parque do Rangedor. No ano passado, mais 300 ocupações irregulares foram removidas em ações da Blitz Urbana.

“Estamos dialogando com as famílias e buscando alternativas de moradias para elas para que as áreas não sejam invadidas novamente”Rubemar Marques, diretor da Blitz Urbana

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