Ainda cresce

O mercado de ''games'' no mundo fatura mais que cinema e música, somados. No Brasil, se expande mais de 10%.

George Vidor

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58

O mercado de 'games' no mundo fatura mais que cinema e música, somados. No Brasil, se expande mais de 10%

O mercado de jogos eletrônicos ainda cresce a um ritmo superior a 10% ao ano, em contraste com a média da economia (que no momento pode estar negativa). No mundo, os games já faturam mais que cinema e música, juntos. Os profissionais que produzem esses jogos têm geralmente alguma formação em computação gráfica, projeção em 3D, efeitos especiais ou mesmo na elaboração de sites de empresas pra a internet. Os cursos de formação são livres, ainda que já tenham reconhecimento pelo MEC. Duram geralmente dois anos. A universidade Full Sail, da Flórida, investiu em uma rede de cursos no Brasil, que já tem 12 unidades (oito no Rio, quatro em São Paulo), cada uma com uma média de 800 alunos. Um "geniozinho" de apenas 19 anos, de Nova Iguaçu, foi descoberto lá e acabou atraído para os Estados Unidos. Mas pode voltar. É que a namorada dele ficou por aqui e não está gostando muito dessa história.

Sofrendo menos

Macaé é um bom termômetro da situação da indústria de petróleo, por concentrar considerável número de empresas do setor, que prestam serviços e fornecem equipamentos às plataformas de produção e sondas de perfuração de poços. No ano passado, o município fluminense sentiu que a indústria tinha pisado fundo no freio, mas nos últimos meses há sinais de um quadro mais estável e até de uma retomada na geração de empregos formais. Segundo o cadastro do Ministério do Trabalho, depois do Rio, Macaé foi o município que mais criou empregos em março, vindo Duque de Caxias em terceiro, com números menos expressivos. Porém, a maior parte dessas contratações se dá em faixas salariais mais baixas.

A prefeitura já ajustou o orçamento deste ano ao recuo na arrecadação de royalties e participações especiais sobre a produção de petróleo (calculados com base no preço do barril). Outros municípios da região estão sofrendo mais.

Em junho, Macaé abrigará um dos principais eventos da área do petróleo, e a surpresa é a participação de muitas empresas novas, que estão enxergando oportunidades nesse quadro ainda aparentemente confuso da indústria. Macaé reinou sozinha, por décadas, na retroárea da indústria do petróleo. Por isso, ainda mantém o título de capital do petróleo. No entanto, no próprio Estado do Rio surgiram outros pontos de apoio (portos do Rio, Niterói, Açu), criando uma competição saudável e que obriga todos a serem mais eficientes. Macaé, por exemplo, corre agora contra o tempo para ter uma melhor infraestrutura.

À venda

As distribuidoras estaduais de energia elétrica sob controle da Eletrobras começarão a ser privatizadas este ano. As menos complicadas são Celg (Goiás), Ceron (Rondônia) e Cepisa (Piauí). A mais difícil é a antiga Manaus Energia, mas, nesse caso, o fato de o atual ministro de Minas e Energia, senador Eduardo Braga, ser de lá deve ajudar a descomplicar o processo. A parte de geração de energia será transferida para a Eletronorte, subsidiária integral da Eletrobras, permanecendo estatal. Apenas a distribuição de eletricidade será privatizada. Manaus já está interligada ao sistema elétrico nacional, por meio de linhas de transmissão que vêm de Tucuruí, passando por cima do Rio Amazonas (uma obra monumental), tornando o custo da energia mais compatível com o do resto do país. As perdas comerciais (furtos, inadimplência) da empresa em Manaus estão entre as mais altas entre as companhias que distribuem energia. As perdas técnicas vêm diminuindo.

Apetite para a compra das distribuidoras, há. Outras estatais que estavam anteriormente em situação semelhante foram vendidas e viraram bons negócios. As que não foram tão bem encontraram novos compradores.

Gastos na medida

Em tempos de vacas magras, o consumidor deve redobrar sua atenção no uso do cartão de crédito, porque se não conseguir pagar integralmente a fatura do mês o saldo começa a virar uma dívida em bola de neve. Por isso, tal qual os cartões pré-pagos de viagem ao exterior, aqui também estão se difundindo produtos semelhantes, em reais. Inicialmente esses cartões eram procurados (os pontos de venda geralmente são lojas de supermercados) por quem ainda não tem conta em banco ou está sem crédito na praça. Mas cresceu também o interesse por parte dos que querem programar despesas para o mês. No Estado do Rio, a rede Acesso - que usa a bandeira MasterCard - tem 30 mil cartões pré-pagos. Em seis meses, foram 100 mil compras com esses cartões, no valor de R$ 6 milhões.

oglobo.globo.com/ blogs/vidor

vidor@oglobo.com.br

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