Depredação

Vandalismo e abandono preocupam frequentadores da Reserva do Itapiracó

Depredação de estruturas no trecho urbanizado da reserva e a presença reduzida de seguranças chamam a atenção em um dos poucos espaços para praticar atividades

Atualizada em 11/10/2022 às 12h59
Uma das luminárias abertas e sem lâmpada na reserva do Itapiracó/Foto/De Jesus
Uma das luminárias abertas e sem lâmpada na reserva do Itapiracó/Foto/De Jesus (Luminaria Itapiracó)

Sem manutenção, mato cobre placa informativa ao longo do parque/Foto-De Jesus[/fotolegenda]|Uma das luminárias abertas e sem lâmpada na reserva do Itapiracó/Fotos/De Jesus[/fotolegenda]Desde que foi inaugurada a primeira etapa das obras de urbanização na Reserva do Itapiracó, em dezembro do ano passado, o espaço tem atraído muitos adeptos da caminhada e desportistas. Por isso, tem se revelado uma das mais procuradas áreas de lazer em São Luís. Mas o espaço também tem atraído pessoas mal-intencionadas, que têm praticado atos de vandalismo e preocupam as pessoas que frequentam o local.

Ciclistas, skatistas, patinadores, corredores e moradores vizinhos da reserva, querendo relaxar em meio à natureza, deslocam-se diariamente ao local aos fins de tarde e a noite. Aulas de capoeira e outras atividades ministradas no local por professores de educação física também movimentam o espaço. Apesar da importância da reserva, atos de vandalismo já estão sendo observados na área.

Depredação - Em um longo trecho do calçadão, mais de 20 luminárias foram quebradas e as lâmpadas roubadas. Em algumas luminárias, as estruturas foram abertas, mas tiveram apenas as fiações cortadas. Para quem frequenta o local, como a estudante universitária Luana Alencar, essas ações preocupam por dois motivos: pelo fato de a estrutura inaugurada há poucos meses já estar danificada e pelo fato de a iluminação precária contribuir para possíveis assaltos durante a noite. "No começo, a gente vinha despreocupado para cá. Mas agora está ficando perigoso. Nunca soube de ninguém assaltado aqui dentro, mas já estão furtando as lâmpadas dos postes. Depois, podem ser as pessoas que estão caminhando", disse.

O local dispõe do serviço de segurança da polícia ambiental, mas nem sempre é observada a presença de policiais circulando. Diante de toda essa situação, os frequentadores começam a repensar a ida à reserva, como é o caso da técnica judiciária Gardênia Dutra. "Eu moro no Turu e venho caminhar aqui quando posso. Mas não tenho visto muito policiamento. A gente fica preocupada de acontecer alguma coisa. Eu mesma não estou mais indo até fim do calçadão e procuro sempre acompanhar um grupo", disse.

Reclamação - Outra preocupação das pessoas é quanto ao abandono do trecho urbanizado. A vegetação rasteira de vários trechos está crescendo e avançado para as margens da via construída. Placas de segurança para ciclistas e outros praticantes de atividades físicas e de avisos como o limite de velocidade permitido estão encobertas pelo mato.

A placa de inauguração também não está no local. Ela foi descerrada pela ex-governadora Roseana Sarney em dezembro, na inauguração da primeira etapa das obras de urbanização. Além disso, ao longo do calçadão do parque é observada a falta de cestos de lixo e de bancos. Com isso, é preciso guardar o lixo até a lixeira mais próxima ou ele acaba sendo lançado ao chão e não há um local específico para as pausas de quem caminha, haja vista a longa extensão do parque.

SOBRE O PARQUE

O parque de proteção ambiental, que foi criado pelo Decreto Estadual nº 15.618 de 23 de junho de 1997, tem um total de 322 hectares coberto, ainda, por uma vegetação remanescente da Floresta Amazônica classificada em mata de terra firma e mata periodicamente representada por angelim, andiroba, pequi, bacuri, ariri, sapucaia, buriti, janaúba e tucum, entre outras.

No começo, a gente vinha despreocupado para cá. Mas agora está ficando perigoso. Nunca soube de ninguém assaltado aqui dentro, mas já estão furtando as lâmpadas dos postes. Depois, podem ser as pessoas que estão caminhando"Luana Alencar, universitária

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