Prostitutas fazem programa de dia em via no Olho d'Água

Quem trabalha e mora no local reclama da presença constante das mulheres.

Atualizada em 11/10/2022 às 13h04
Biné Morais
Biné Morais (T)

A Avenida São Carlos, no Olho d'Água, transformou-se em ponto de prostituição em plena luz do dia em São Luís. Por causa da presença das garotas de programa, os moradores e comerciantes da localidade resolveram denunciar, alegando que a criminalidade na área aumentou depois que elas passaram a trabalhar na avenida. Já as prostitutas afirmam que trabalhavam em outra área, mas precisaram procurar outro local por causa de denúncias feitas por moradores e comerciantes dos arredores.

Basta passar pela Avenida São Carlos a qualquer horário do dia para ver garotas de programa em busca de clientes. Geralmente em dupla, elas aguardam nas esquinas da via e algumas nas calçadas das casas. De acordo com as prostitutas, a área é local de prostituição há muitos anos, mas elas só passaram a trabalhar na avenida após terem de sair dos pontos em que ficavam anteriormente. "A gente costumava ficar na praia, mas muitos donos de bares denunciaram nossa presença para a polícia e agora estamos ficando aqui", afirmou uma das garotas, que não quis se identificar.

Diferentemente do que ocorre em outros pontos de prostituição de São Luís, como a Praça João Lisboa, no centro da cidade, e nas avenidas São Luís Rei de França, no Turu, e Guajajaras, no São Cristóvão, onde as prostitutas chegam depois das 19h, ficando até a madrugada, na Avenida São Carlos, elas ficam desde o início da manhã até cerca de 21h. O preço cobrado pelo programa, segundo elas, é a partir de R$ 100,00.

Reclamações - Mas a presença das garotas de programa na área durante o dia não agradou a moradores e comerciantes do local. Além da perturbação do sossego, eles reclamam do uso de drogas e da criminalidade. Donos de imóveis comerciais reclamam de prejuízos financeiros, pois não conseguem alugá-los, já que a presença das prostitutas afugenta a clientela. "Qualquer hora do dia elas ficam na rua se prostituindo. Basta vir até a rua para constatar. Se um carro estaciona e o motorista demora a descer, elas ficam assediando em busca de programa", disse um dos comerciantes da avenida, que preferiu não se identificar.

Segundo ele, o quarteirão era tranquilo, mas, por causa da presença das prostitutas, aumentou a frequência de assaltos na área. Por isso, eles cobram por mais policiamento. "Está insustentável, constrangedor. A região fica muito exposta ao uso de drogas e aumento da violência", afirmou outro morador, que também não quis se identificar.

O Estado entrou em contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) para saber de ocorrências registradas na área que tenham relação com a presença das prostitutas, seja de crimes praticados por elas, como atentado ao pudor, ou por seus clientes e outras pessoas com as quais elas mantenham algum tipo de relacionamento e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), por meio de nota, informou que o policiamento na Avenida São Carlos, no Olho d' Água, é realizado pelo 8º Batalhão de Polícia Militar e que as ações de segurança serão reforçadas na área.

A SSP frisou que foi enviada uma equipe ao local para apurar denúncia sobre a exploração sexual de adolescentes e não foi constatada a procedência da informação. A SSP ressaltou ainda que disponibiliza os telefones 190 e (98) 98876-0169 para atendimento de ocorrências na área.

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