TERESINA - A família do ex-gerente e tesoureiro do Banco do Brasil, Wilson Falcão passou seis horas de terror, pressão e ameaçada de morte por três assaltantes armados de revólver e pistola que tentaram assaltar a agência bancária onde trabalha em Timon-MA.
No momento mais tenso das negociações, os assaltantes exigiram para Wilson Falcão e ao gerente da agência do Banco do Brasil em Timon, Lúcio Brígido.
O sequestro da mulher de Wilson Falcão, Eliane Falcão, de seus filhos David Falcão, de 33 anos, e Roberto Falcão, o Beto, de 25 anos, e a empregada de sua residência, Leonice, ocorreu às 7h30 de ontem, na residência do casal, no conjunto Memorare, na zona norte de Teresina, e foi feito por três homens.
O comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar do Maranhão, major Inaldo Belém Júnior, informou que o sequestro foi feito para que Wilson Falcão abrisse o cofre da agência bancária para retirar o dinheiro destinado aos saques convencionais e pagamento de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social).
Em depoimento ao delegado regional de Timon, Antônio Valente, Wilson Falcão, informou que a invasão de sua residência ocorreu quando a mulher Eliane Falcão estava saindo de casa.
Dois assaltantes levaram a família de Falcão no automóvel de Eliane Falcão, um Corsa Classic. Os dois estavam armados de revólveres.
Em depoimento a Antônio Valente, Eliane Falcão informou que os dois assaltantes levaram a família para um matagal próximo do Posto Cinco Estrelas em Timon. Em seu depoimento, Eliana Falcão disse que os assaltantes estavam com os revólveres na cintura. Um deles, mais tranquilo, dizia que a família não precisa se preocupar porque seria libertada com vida após a entrega do dinheiro por Wilson Falcão e o Banco do Brasil.
O outro, mais nervoso, dizia que se os policiais tentassem o resgate a família seria assassinada.
A família foi libertada às 13h quando os assaltantes perceberam o forte aparato policial formado por 280 homens da Polícia Militar do Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Natureza) e Gate (Grupo de Ações Táticas Espaciais) e um helicóptero da Polícia do Rio Grande do Norte.
A família foi deixada próximo do Posto Cinco Estrelas e pegou uma carona de caminhão até a Rodoviária de Timon.
A presidente do Sindicato dos Bancários do Estado do Piauí, Francisca de Assis, chegou a entrar na agência do BB de Timon quando estava sendo feito a negociação. Ela falou que os assaltantes chegaram a exigir R$ 1 milhão de resgate, mas o Banco do Brasil não negocia com sequestradores.
Os assaltantes tinham informações privilegiadas, mas desatualizadas. Francisca de Assis falou que ele era tesoureiro do banco até a semana passada, mas não ocupa mais o cargo e não teria como abrir o cofre.
O major Inaldo Belém Júnior afirmou que para ser aberto o cofre era necessária a presença de três pessoas do Banco do Brasil, mas um dos funcionários não foi ontem ao trabalho.
Um dos assaltantes levou Wilson Falcão do Acarape até a avenida Piauí, de Timon, no próprio automóvel do ex-gerente, que foi a pé até a agência bancária.
Depois, os assaltantes passaram a telefonar para Wilson Falcão exigindo o dinheiro do resgate. Quando a bateria do celular de Falcão ficou sem carga, os assaltantes passaram a telefonar para a própria agência.
“A tensão é muito grande”, falou o chefe de Investigação da Polícia Civil de Timon.
Os assaltantes chegaram a baixar o valor do resgate para R$ 700 mil e R$ 800 mil. Às 12h10, os assaltantes prometeram usar a família como escudo humana para assaltar o banco e afastar a Polícia Militar do local.
O major Inaldo Belém Júnior disse que quatro homens passaram, cedo da manhã, em um Opala preto em frente da agência e atiraram para o alto como forma de provocar medo e tensão.
A agência do Branco do Brasil de Timon ficou fechada e a Polícia Rodociária Federal interditou trechos da avenida Presidente Médici, onde fica a agência.
O delegado do 1° Distrito Policial de Timon, George Valente, informou que o helicóptero da Polícia Militar do Rio Grande do Norte sobrevoou a área, mas os assaltantes fugiram. Eles usaram na investigação o telefone celular de um filho de Wilson Falcão.
O major Inaldo Belém Júnior informou que a família identificou um dos assaltantes, que já praticou roubos contra agências bancárias no Maranhão.
Ele acredita que um dos assaltantes é de fora do Piauí e Maranhão porque durante as negociações demonstrou um sotaque forte diferente dos habitantes da região do Meio Norte.
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