Julgamento

Justiça condena a 19 anos homem que matou o primo a facadas em Sítio Novo, no Maranhão

Crime foi motivado por dívida entre os dois primos.

Imirante.com

Juíza Mylenne Sandra, presidindo júri em Sítio Novo.
Juíza Mylenne Sandra, presidindo júri em Sítio Novo. (Foto: Divulgação / CGJ-MA)

SÍTIO NOVO - A Justiça do Maranhão condenou Moisés Macedo de Morais a 19 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver, contra o seu primo, identificado como Antônio Flávio Maciel Macedo. O crime aconteceu em 2021, no Povoado Olho D’água, na zona rural de Sítio Novo, no Oeste do Maranhão.

Segundo a denúncia, Moisés e Antônio Flávio viajaram até a cidade de Grajaú com o objetivo de comprar uma motocicleta. Antes de partir, Antônio Flávio avisou ao filho sobre o compromisso, mas nunca retornou para casa e não deu mais notícias, o que levou os familiares a registrarem um boletim de ocorrência.

A investigação policial revelou que a motocicleta de Moisés foi encontrada em Grajaú no dia 1º de junho de 2021, quase um mês após o desaparecimento de Antônio. A polícia também descobriu que um chip de celular, cadastrado em nome de Moisés, foi utilizado, o que o tornou o principal suspeito. Em 11 de junho de 2021, ossadas e pertences de Antônio Flávio foram localizados a 24 quilômetros de Grajaú, em uma estrada vicinal.

Moisés foi localizado dois dias depois pela Polícia Militar do Pará (PM-PA), na cidade de Pacajá, e levado de volta a Imperatriz, onde revelou aos policiais civis que havia emprestado R$ 50 mil a Antônio Flávio, e que sempre que tentava cobrar a dívida, era ameaçado de morte.

Na data do crime, Moisés afirmou ter levado uma faca para se defender, caso fosse ameaçado, e que, durante a viagem a Grajaú, os dois pararam em uma estrada vicinal para consertar a motocicleta. Nesse momento, Moisés cobrou a dívida de Antônio, o que teria gerado um desentendimento. Moisés confessou que matou o primo com várias facadas e arrastou o corpo para o mato. Durante o interrogatório oficial, Moisés optou por permanecer em silêncio.

A sessão do Tribunal do Júri foi presidida pela juíza Mylenne Sandra Cavalcante, titular da Comarca de Montes Altos.

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