Medida provisória

Deputados retiram exigência de renovação de RG para cadastro do seguro defeso

Pedido para retirada da nova norma foi feita pelo deputado maranhense Duarte Júnior (PSB).

Ipolítica

Atualizada em 01/10/2025 às 10h32
Duarte Júnior articulou retirada de trecho que estabelecia a exigência de renovação de RG para o cadastro do seguro defeso (Divulgação)

SÃO LUÍS - Em meio ao debate sobre a Medida Provisória (MP) 1303/2025 que mudou as regras para liberação do seguro defeso, um ponto já foi retirado do texto. Segundo o deputado maranhense, Duarte Júnior (PSB), foi retirada a exigência de renovação da carteira de identidade como condição para garantir o acesso ao seguro defeso.

Depois da constatação do Tribunal de Contas da União (TCU) de irregularidade em cadastros de pescadores no Brasil para o recebimento do seguro defeso, que o Governo Federal editou uma MP mudando as regras para o cadastro de pescadores artesanais. O texto está sendo analisado na Câmara dos Deputados.

O Maranhão aparece na lista do tribunal como um dos estados com o maior número de pescadores cadastrados. 

Mas o texto da MP não é consenso entre os deputados. Um dos pontos questionados é a exigência de renovação da carteira de identidade para fazer o cadastro de recebimento do benefício. O seguro defeso é um direito fundamental dos pescadores artesanais, assegurando renda durante o período em que a pesca é proibida para preservação das espécies. 

Segundo o deputado Duarte Júnior, a exigência de renovação do documento criaria uma burocracia desnecessária e coloca em risco o acesso de milhares de trabalhadores ao seguro.

“Essa era uma exigência injusta e sem sentido, que só traria mais dificuldades para quem já enfrenta tantos desafios para sobreviver da pesca. Conseguimos corrigir essa distorção e garantir que o pescador não seja penalizado por excesso de burocracia”, destacou Duarte.

A mudança foi recebida com alívio pelas colônias de pescadores, que há meses vinham denunciando os riscos da medida. Com a alteração, os profissionais seguem garantindo o benefício sem precisar passar por processos de renovação documental que, em muitos municípios, são caros, demorados e de difícil acesso.

 

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