SÃO LUÍS - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), tem demonstrado incômodo com a suspeita de participação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, nos ataques de 8 de janeiro.
Dias pediu demissão do cargo na quarta-feira (19) após vazamento de um vídeo em que ele aparece no Palácio do Planalto durante as invasões.
Flávio Dino, contudo, repudia essa tese. Apesar disso, ele não consegue explicar o motivo de o ex-comandante do GSI do governo Lula aparecer ao lado dos supostos “terroristas” durante as invasões.
“Os terroristas atacaram as sedes dos TRÊS PODERES, não só o Palácio do Planalto. Logo, se tudo foi “armação do PT”, os presidentes da Câmara, do Senado e do STF também participaram? Realmente esses golpistas são insanos. Mas não são maiores do que a LEI. Renovo a solidariedade aos 3 Poderes, atacados pelo terrorismo político no dia 08/01”, escreveu Dino na manhã desta segunda-feira.
Ele também afirmou que a continuidade das investigações vão resultar na prisão de novos culpados pelos atos de 8 de janeiro.
“Acredito que a continuidade das investigações e ações judiciais sobre o golpe de 8 de janeiro vai trazer holofotes para gente que ainda está escondida nas sombras. Além de golpistas, são covardes que não saem em defesa dos seus aliados presos. Alguns destes permanecerão muitos anos no cárcere. Os “valentes fakes” planejaram, incitaram, conspiraram, financiaram, jogaram pedras e esconderam as mãos sujas. E ainda tem a petulância de apontar tais dedos sujos para as vítimas dos crimes. Tenham certeza: a LEI sempre vence e vencerá novamente”, enfatizou.
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Oposição
A oposição quer a prisão do ex-ministro Gonçalves Dias e a investigação a respeito de uma possível ação articulada pelo membro do governo nos ataques de 8 de janeiros.
Imagens inéditas divulgadas neste fim de semana mostram outro momento do ataque ao Palácio do Planalto.
Manifestantes esperaram um cinegrafista chegar para gravar chutes à ante-sala do gabinete de Lula. Depois do chute na porta de vidro, eles voltam e conversam com o cinegrafista, antes de se retirarem do local.
A oposição quer a identificação e investigação também sobre esse fato.
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