SÃO LUÍS - A Justiça Federal determinou, na quinta-feira (29) o afastamento de um gerente da 8ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em São Luís.
Julimar Alves Filho é suspeito de ter recebido propina de empresas ligadas ao empresário Eduardo Costa, o Eduardo DP, ou Imperador, investigado por desvios no órgão. A Polícia Federal também cumpriu mandados busca e apreensão na residência do gerente na mesma data.
Segundo a PF, o inquérito teria identificado pagamentos de R$ 250 mil feitos por empresas ligadas ao empresário Eduardo José Ribeiro Costa, o Imperador. Diante dos indícios, a PF pediu à Justiça o afastamento do gerente de suas funções.
O caso tem relação com a Operação Odacro, deflagrada pela PF em julho deste ano, após a constatação de quem um esquema na Codevasf contava com as mesmas pessoas e empresas já investigadas em 2015 pela Polícia Civil do Maranhão, por suspeitas de desvios de recursos públicos da Prefeitura de Dom Pedro.
“Após a referida operação policial, notou-se que o esquema criminoso não recuou, ao contrário, acabou crescendo exponencialmente nos anos posteriores, alterando, apenas, a origem da verba desviada - que passou a ser federal", destacaram os federais, à época.
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A investigação tem como principal alvo o empresário Eduardo José Barros Costa, o Eduardo DP, ou Imperador. Foi por conta do apelido dele - que chegou a ser preso no bojo da ação policial - que a operação levou o sobrenome do soldado italiano que capitaneou uma revolta que colocou fim ao Império Romano.
De acordo com a apuração federal, Eduardo DP abriu empresas em nome de terceiros para competir entre si nas licitações, com o objetivo de vencer os certames na Codevasf.
Além de colocar as suas empresas e bens em nome de parceiros, o investigado também possui contas bancárias vinculadas a CPFs falsos, como forma de dificultar a atuação dos órgãos de controle.
Em nota emitida após o afastamento do gerente, a Codevasf informou “que colabora com o trabalho da Justiça e que o processo judicial correspondente encontra-se sob segredo de Justiça”.
“Assim que foi comunicada sobre o caso pelas autoridades, a Companhia prontamente afastou de suas funções o profissional associado aos temas sob investigação. A Empresa possui sólida estrutura de governança implantada; indícios de conduta ilegal ou antiética por parte de seus funcionários são apurados, em quaisquer casos”, diz o comunicado.
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