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COLUNA
Fernando Coelho
Diretor do Instituto Experiência do Cliente, escritor e professor universitário.
Fernando Coelho

Empresas: Pausas para o café não tem nada a ver com café, e sim, com estratégia

Vivemos cada vez mais acelerados e buscando produtividade a todo custo, mas, uma coisa que pouca gente está falando é que as pausas são importantes, na vida e no cotidiano.

Fernando Coelho

Fernando Coelho
Fernando Coelho (Foto: Divulgação)

As pessoas estão mais ansiosas, estressadas e pasme, na busca pela produtividade, estamos menos produtivos. Uma pesquisa da ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil) apontou que 72% dos brasileiros estão estressados no trabalho. De acordo com esse estudo, o Brasil está como 2º país do mundo com trabalhadores mais estressados. Um outro levantamento da People at Work, mostrou que 67% dos trabalhadores brasileiros dizem que o estresse impacta negativamente o trabalho, acima da média global (65%).

Paralelo a esse cenário, a NR-1 (Norma Regulamentadora 1) no Brasil foi atualizada para incluir a saúde mental, tornando obrigatório que as empresas gerenciem riscos psicossociais (como estresse, assédio, sobrecarga) a partir de maio de 2026, exigindo avaliação, prevenção e controle desses fatores no ambiente de trabalho, além dos riscos físicos, para promover o bem-estar e segurança dos trabalhadores. Isso tem total relação com experiência do colaborador e clima organizacional.

Se uma empresa é formada por pessoas e processos, as pessoas precisam estar em um ambiente emocionalmente seguro e saudável. Antes que qualquer pessoa da área financeira olhe para o “custo”, eu te afirmo com toda certeza: ISSO É INVESTIMENTO. E se quiser, posso te oferecer mais dados reais.

Em 2024, foram registrados cerca de 472.328 afastamentos por transtornos mentais e comportamentais (saúde mental) no Brasil. Esse número representou um aumento de 68% em relação a 2023. 

No mesmo ano, os pedidos totais de licença médica (por todas as causas) chegaram a 3,5 milhões — o que faz com que os afastamentos por saúde mental representem uma fatia relevante desse montante.

Pensa comigo: um trabalhador de licença ou afastado significa para além do abalo a saúde do empregado, um ponto de alto cuidado, também, diminuição de receita, aumento de despesa com substituição de outros funcionários e aumento de custo com pagamento de licença não trabalhada. 

Investir em saúde mental é também uma estratégia financeira.

E ONDE ENTRA O CAFEZINHO?

O título deste artigo é na verdade uma provocação para que as empresas estimulem pausas programadas e estratégicas. Quando um colaborador para e faz uma conversa rápida no cafezinho 2, 3, 4 vezes por dia, ele na verdade faz pequenas oxigenações no cérebro, socializa com os colegas e inclusive, pode ter insights preciosos - quando o cérebro entra em estado de relaxamento. Um artigo recente chamado de The Role of Mind Wandering During Incubation in Creative Problem Solving (2025), examina como o “mind wandering”, ou seja, deixar a mente divagar, pode ajudar na criatividade durante a fase de incubação de problemas criativos ou complexos.

Para quem já trabalhou comigo, sabe o quanto eu já tive diversas ideias e insights durante a pausas para o cafezinho. Isso é relaxante e estratégico.

E aqui, é preciso deixar claro que, maturidade e bom senso são os motores dessas pausas.
Se você é gestor, empresário e diretor, faça pausas estratégicas e use o cafezinho como ponto de conexão e estímulo criativo na sua empresa.

Depois me conta o resultado!

Para mais dicas, ouça meu podcast.  
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Fernando Coelho  

Diretor do Instituto Experiência do Cliente. 
Professor de Negócios, PhD em Gamificação e Desenvolvimento de Pessoas.
Palestrante e Autor dos livros Gestão de Vendas e Experiência do Cliente, CX Descomplicado, Fidelizando o Cliente na Prática e mais 4 obras. Selecionado pela Metricx como um dos melhores autores brasileiros na área de Experiência do Cliente. 
Conselheiro Consultivo de empresas.
Professor convidado na ESPM Rio, UEMA e Instituto Navigare. 
 


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