Ônibus nas garagens

Duas empresas de ônibus continuam em greve e outras podem aderir, diz Sindicato dos Rodoviários

Aproximadamente 270 ônibus estão retidos nas garagens da 1001 e Expresso Marina por conta da greve. Os rodoviários alegam atraso salarial.

Imirante.com

Atualizada em 18/11/2025 às 07h58
Garagem da 1001 na Forquilha segue de portas fechadas e ônibus retidos. (Foto: Lorena Cavalcante/TV Mirante)
Garagem da 1001 na Forquilha segue de portas fechadas e ônibus retidos. (Foto: Lorena Cavalcante/TV Mirante)

SÃO LUÍS – Os trabalhadores da empresas 1001 e Marina seguem em greve nesta terça-feira (18). A paralisação ocorre por causa de salários e tíquete-alimentação atrasados, férias não pagas e rescisões pendentes. Até agora, as empresas não apresentaram solução para as reivindicações. Há o risco de outras empresas também pararem.

Passageiros lotam paradas, e tempo de espera está ainda maior

Passageiros lotam paradas em mais um dia de paralisação em duas empresas de ônibus. (Foto: Juvêncio Martins/TV Mirante)
Passageiros lotam paradas em mais um dia de paralisação em duas empresas de ônibus. (Foto: Juvêncio Martins/TV Mirante)

Muitos passageiros ficam mais tempo aguardando um coletivo nas paradas, já que são cerca de 270 ônibus a menos. Alguns usuários do transporte público buscam outras alternativas para chegar ao trabalho ou a outros compromissos, pagando mais caro, por exemplo, com mototáxi ou transporte por aplicativo.

Expresso Marina se junta à 1001 e também faz greve

Na manhã dessa segunda-feira (17), funcionários da empresa Marina também cruzaram os braços e se juntaram aos grevistas da 1001, que começaram a mobilização na última sexta-feira (14). O Sindicato dos Rodoviários aponta que os patrões estão descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho.

O Sindicato informou ainda que as atividades só serão retomadas após o pagamento dos rodoviários. A entidade alerta que outras empresas do transporte público da Grande São Luís podem parar ao longo da semana pelos mesmos problemas.

Veja as linhas de ônibus afetadas

O Expresso Marina opera com as seguintes linhas de ônibus: Vila Cascavel, Mato Grosso, Tajipuru, Tajaçuaba, Vila Vitória, Cajupary/Nova Vida, Vila Aparecida, Cidade Olímpica, Santa Clara, Socorrão Rodoviária, São Raimundo/Bandeira Tribuzzi, Uema Ipase, Janaína Riod, Cidade Operária/São Francisco, José Reinaldo Tavares, Maiobinha, Tropical/Santos Dumont, Tropical/São Francisco.

Cerca de 15 bairros são afetados com a greve na 1001, que foi iniciada na última sexta-feira (14). Veja quais:

1. Ribeira
2. Viola Kiola
3. Vila Itamar
4. Tibiri
5. Cohatrac
6. Parque Jair
7. Parque Vitória
8. Alto do Turu
9. Vila Lobão
10. Vila Isabel Cafeteira
11. Vila Esperança
12. Pedra Caída
13. Recanto Verde
14. Forquilha
15. Ipem Turu

Impasse entre SET e Prefeitura por repasse de R$ 7 milhões

Às 16h desta terça (18), o Sindicato dos Rodoviários deverá se reunir com representantes da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) para discutir o subsídio que mantém a frota de ônibus em circulação.

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, afirmou nas redes sociais que o pagamento integral do subsídio só ocorrerá com 100% da frota nas ruas. Ele disse ainda que o depósito será feito diretamente na Justiça do Trabalho.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) declarou estar aberto ao diálogo e disposto a cumprir decisões judiciais. A entidade acusa a Prefeitura de atrasar repasses que já somam R$ 7 milhões, valor considerado essencial para custear a operação e pagar os rodoviários.

Segundo o SET, o repasse está previsto em acordo homologado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), mas não vem sendo cumprido, o que agrava a crise e ameaça o funcionamento do sistema de transporte público.

Ônibus não saem da garagem da Expresso Marina. (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Ônibus não saem da garagem da Expresso Marina. (Foto: Reprodução/TV Mirante)

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