SÃO LUÍS - Nas últimas 24 horas, dois homicídios foram registrados na grande São Luís. Um homem de 29 anos foi morto a tiros hoje na manhã desta quarta-feira (29), no bairro Vale Verde, na região do Coroadinho, na capital.
De acordo com testemunhas, três homens armados se aproximaram de Tallis Teixeira e efetuaram vários disparos contra ele. Após o crime, os criminosos fugiram em direção a uma área de matagal.
Segundo a Polícia Civil do Maranhão, a vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo após dar entrada no hospital.
O caso segue sendo investigado e ainda não há informações sobre autoria e motivação do crime.
Morte em Ribamar
A Superintendência Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP) investiga, também, uma morte no bairro Mutirão, em São José de Ribamar.
O crime aconteceu na noite dessa terça (28), quando José Ribamar Bruzaca Abrahão foi baleado por bandidos que invadiram a casa dele. A polícia ainda tenta identificar e prender os autores do crime.
Onda de violência na Grande São Luís
Uma onda de ataques violentos causou sete homicídios e deixou mais de dez feridos na Grande São Luís, nas últimas duas semanas, provocando insegurança na população. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os casos têm relação com a disputa de facções criminosas por território.
Após as ações criminosas, as forças de segurança fizeram várias operações e já prenderam mais de 45 pessoas, a maioria delas suspeitas de envolvimento na onda de violência.
Primeiros registros de violência:
Os primeiros casos de violência foram registrados ainda no domingo (19), em bairros como Cidade Olímpica, Tibiri e Bairro de Fátima, em São Luís. Três pessoas morreram e outras três ficaram feridas em diferentes pontos da capital.
O episódio mais grave da semana ocorreu no bairro Cidade Operária, onde um jovem de 19 anos, identificado como Eduardo Lemos Martins, foi morto e outras cinco pessoas ficaram feridas após um ataque a tiros em frente a um estabelecimento comercial. Os criminosos fugiram em direção à Cidade Olímpica.
Motivações:
“É uma guerra de facções que ocorre em todo o Brasil. O Brasil precisa acordar para esse momento em que vivemos. [...] São organizações criminosas confrontando o Estado Brasileiro, e nós não podemos aceitar”, declarou o secretário em entrevista à GloboNews.
Bairros e cidades afetados:
Os ataques ocorreram em diversos pontos da Grande Ilha. Em São Luís, houve registros nos bairros Cidade Operária, Cidade Olímpica, Tibiri, Bairro de Fátima, Liberdade, Vila Magril, Monte Castelo, Vinhais, Vila Janaína, Residencial Maria Aragão, Vila Vitória e Vila Palmeira.
Casos também foram confirmados em São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.
Consequências na rotina:
A violência impactou o funcionamento de escolas e universidades, que suspenderam as atividades por segurança. Mais de 20 escolas estaduais e municipais não abriram as portas na quinta (23) e sexta-feira (24).
As universidades Uema, UFMA e IFMA também suspenderam as aulas e reduziram o atendimento administrativo.
O que dizem as autoridades:
- O secretário Maurício Martins afirmou que as forças de segurança permanecem nas ruas e que o Serviço de Inteligência trabalha na identificação dos responsáveis pelos homicídios e tiroteiros.
- Segundo ele, não há registros de ataques dentro ou nas proximidades de escolas e universidades, e as equipes seguem atuando para restabelecer a normalidade.
- Martins também voltou a criticar o sistema judicial brasileiro, afirmando que a legislação atual é frágil no combate às facções criminosas, o que facilita a soltura de integrantes dessas organizações.
- O governador do Maranhão, Carlos Brandão afirmou, nessa terça, em entrevista à TV Mirante, que os responsáveis por espalhar fake news sobre supostos ataques criminosos no estado serão punidos.
- O governador também disse que, nos últimos dois meses, mais de 2 mil integrantes de facções foram presos no estado. Só nesta semana, segundo ele, mais de 15 pessoas foram apreendidas e houve apreensão de drogas.
- Sobre denúncias de que presos estariam comandando crimes de dentro das penitenciárias, Brandão defendeu o sistema prisional do Maranhão afirmando que ele é o melhor do Brasil, segundo o Ministério da Justiça.
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