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COLUNA
Ronaldo Rocha
Ronaldo Rocha é jornalista de política do Grupo Mirante.
Análise

Visita de Lula não altera cenário político no Maranhão

Alas políticas acreditavam que Lula daria pelo menos uma direção para a solução da crise entre o governador Carlos Brandão e o vice, Felipe Camarão, mas não foi o que ocorreu.

Ipolítica

Atualizada em 07/10/2025 às 09h23
Lula foi recepcionado pelo governador Carlos Brandão
Lula foi recepcionado pelo governador Carlos Brandão (Redes Sociais)

SÃO LUÍS - A visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva ao Maranhão - para o cumprimento de agenda institucional em Imperatriz -, não foi o suficiente para mudar o cenário político no estado.

Desde a semana passada quando foi confirmada a agenda presidencial na Região Tocantina, atores políticos de diferentes alas acreditavam que Lula daria uma direção para solucionar a crise entre o governador e aliado Carlos Brandão (sem partido), e o vice-governador e correligionário Felipe Camarão (PT). Não foi o que aconteceu.

Durante o encontro Lula evitou constrangimentos - exatamente como havíamos previsto no programa Panorama da rádio Mirante News FM na quinta-feira da semana passada -, e evitou se posicionar em relação as pré-candidaturas já apresentadas no estado.

De um lado, Camarão quer que Brandão renuncie o mandato, dispute uma vaga ao Senado e o deixe no comando do Estado em 2026, para que ele possa, já no cargo, concorrer à reeleição.

Do outro lado, Brandão rejeita a ideia e trabalha pela pré-candidatura de Orleans ao Governo do Estado, já testado em pesquisas de intenção de votos apresentadas nos últimos meses.

Lula afirma que tem bom relacionamento com Brandão e cita Flávio Dino

Lula afirmou em entrevista à TV Mirante que tem bom relacionamento com Brandão. Citou Flávio Dino e ponderou que há um momento em que não se pode mais fazer nada, quando dois lados de um mesmo grupo insistem em manter a divergência.

“Tenho boa relação com o governador Carlos Brandão, tenho boa relação com o e ex-governador Flávio Dino e tenho boa relação com os senadores e ministros maranhenses. E o que posso dizer é: a hora que se começa a brigar dentro de casa chega a um ponto que não tem mais jeito”, disse.

O petista confirmou encontro com Brandão na próxima semana, mas deixou claro que não pretende mergulhar na crise instalada no Maranhão.

Bom para Orleans, que se afasta das discussões mais ásperas, manifesta gestos para lideranças de diferentes regiões do estado e segue com um projeto bem definido para 2026.


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