BRASÍLIA – Cresceu neste fim de semana a pressão do PP e do União Brasil pelo desembarque do governo dos ministros André Fufuca (PP-MA), dos Esportes, e Celso Sabino (União-PA), do Turismo. As siglas determinaram a saída de todos os seus filiados de quaisquer cargos que ocupem na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ambos os ministros demonstram interesse em permanecer em suas posições. Fufuca, por exemplo, que deveria tomar uma decisão até este domingo (5), agora tem até terça-feira (7) para definir se seguirá ou não a orientação de seu partido.
Publicamente, Nogueira já demonstra incômodo com o silêncio de seu colega de partido. O senador declarou que não pretende expulsar Fufuca do partido, mas não descarta retirá-lo do comando do PP no Maranhão.
“Eu duvido que ele prefira abrir mão do comando do partido dele a permanecer no governo”, afirmou Nogueira à CNN na última quarta-feira (1º).
Cenário muito diferente para Celso Sabino, cujo processo de expulsão partidária já foi aberto pelo União Brasil. Também foi aberto um processo interno de destituição da Executiva do União no Pará, comandado por ele.
O prazo para o paraense deixar o governo também foi estipulado para até terça-feira. Caso não o faça, o parecer do relator do processo de expulsão, deputado Fabio Schiochet (SC), será pela exclusão de Sabino do partido.
‘Nenhum partido político vai me afastar do povo’, diz Celso Sabino
Em seu possível último ato como ministro, Sabino mandou um recado ao União e afirmou que “nenhum partido vai afastá-lo do povo”.
“Nada, nenhum partido político, nenhum cargo e nenhuma ambição pessoal vai me afastar desse povo que eu amo e do Estado do Pará. Conte comigo, onde quer que eu esteja, para lhe apoiar”, disse Sabino, ao lado de Lula, durante discurso em evento de entrega de obras da COP 30, em Belém (PA).
Na semana passada, Sabino entregou uma carta de demissão, mas Lula ainda não a assinou. Inclusive, segundo a assessoria, há previsão de que o ministro acompanhe o presidente em agendas da COP em Belém.
Tanto Celso Sabino quanto André Fufuca são pré-candidatos ao Senado em 2026 e avaliam o desembarque do governo Lula como um revés político.
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