SÃO LUÍS - Durante três dias, corredores, salas de aula e auditório da escola Upaon-Açu, em São Luís, foram ocupados por alunos caracterizados como representantes de diferentes países. O cenário fez parte da Upaonu 2025, simulação de uma conferência da Organização das Nações Unidas, realizada com estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
A proposta do evento é envolver os estudantes em discussões sobre temas relevantes do cenário internacional. Divididos em comitês temáticos, os participantes debateram questões como conflitos armados, mudanças climáticas, direitos humanos e relações diplomáticas. As discussões ocorreram em salas de aula e no auditório da escola, com estrutura inspirada nos procedimentos internacionais da ONU.
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A cerimônia de abertura contou com a presença de convidados das áreas do Direito e das Relações Internacionais, que abordaram o papel da diplomacia, da escuta e da construção de acordos em contextos de conflito. A programação seguiu com sessões formais de debate, articulações entre delegações e votações. No encerramento, foram entregues menções aos destaques de cada comitê.
"A Upaonu é um dos projetos mais importantes do nosso calendário pedagógico. Ver nossos corredores e salas de aula transformados em um espaço de debate global é a materialização do nosso compromisso em formar cidadãos com pensamento crítico, conscientes do seu papel no mundo. Mais do que um evento, é uma lição prática sobre diplomacia, empatia e a complexa arte de construir consensos, habilidades essenciais para os líderes do futuro”, ressaltou o diretor-geral do Upaon-Açu, Bruno Cicalise.
A supervisora pedagógica do Ensino Médio, Débora Puça, destacou que, ao longo dos anos, o projeto tem favorecido o pensamento crítico e o engajamento dos estudantes nas discussões sobre temáticas mundiais. "A Upaonu é a culminação de um trabalho que integra diversas áreas do conhecimento e está totalmente alinhado aos pilares da Unesco que norteiam nossa escola: aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser. O evento desafia os estudantes a saírem da teoria e aplicarem suas habilidades de pesquisa, oratória e negociação em um ambiente dinâmico e colaborativo."
Participando pela primeira vez, a estudante Luiza Boueres revelou que se sentiu apreensiva no início, mas saiu da experiência com uma percepção diferente. "No começo, a ideia de falar em público e defender uma posição para tanta gente foi um desafio, mas a dinâmica do comitê me envolveu completamente. A Upaonu me ensinou a organizar minhas ideias sob pressão e a respeitar pontos de vista diferentes dos meus. Foi uma experiência que mudou minha percepção sobre como os problemas do mundo são complexos e interligados."
Giovanna Fook, do 1º ano, destacou que a simulação contribuiu para enfrentar a timidez e compreender melhor o funcionamento das relações internacionais, assunto presente em muitas provas de vestibular. "Sempre fui um pouco tímida, e participar da Upaonu foi um grande passo para mim. Além de me ajudar a ter mais confiança para falar, a simulação tornou as aulas de geopolítica muito mais concretas. Entender como funcionam as negociações entre países na prática é algo que, com certeza, fará a diferença nos meus estudos e no vestibular."
Iago Amorim, ex-aluno do Upaon, acompanhou a edição de 2025 como observador. Lembrou que a atividade teve impacto direto em sua formação e ressaltou o quanto é importante ver a continuidade do projeto com novas turmas. “Voltar ao Upaon-Açu e ver a Upaonu acontecendo com tanto vigor é inspirador. Participei quando era aluno e sei o impacto que essa experiência tem na nossa formação. Ela nos ensina a argumentar, a negociar e a entender que existem múltiplas perspectivas para cada questão. É um projeto fundamental que continua formando jovens mais preparados e conscientes."
A atividade integra o conjunto de ações pedagógicas desenvolvidas pela escola, que há mais de vinte anos faz parte do Programa de Escolas Associadas da Unesco. A proposta segue os pilares definidos pela organização: aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser. Com esse direcionamento, o projeto busca formar estudantes com repertório amplo e capacidade de diálogo frente aos desafios do mundo atual.
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