Em São Luís

Polícia indicia Tainá Sousa e mais sete pessoas por esquema ligado ao 'Jogo do Tigrinho'

As investigações apontam a influenciadora digital Tainá Sousa como líder do grupo.

Imirante.com

Atualizada em 12/08/2025 às 16h04
De todos os investigados, Tainá é a única que permanece presa preventivamente. (Foto: divulgação)
De todos os investigados, Tainá é a única que permanece presa preventivamente. (Foto: divulgação)

SÃO LUÍS – A Polícia Civil indiciou oito pessoas investigadas por lavagem de dinheiro e organização criminosa ligada à divulgação do “Jogo do Tigrinho” na capital maranhense. As investigações apontam a influenciadora digital Tainá Sousa como líder do grupo.

O caso é resultado da Operação Dinheiro Sujo, que detalhou o funcionamento do esquema e montou o organograma da quadrilha. Segundo a polícia, a atuação do grupo era dividida em três núcleos principais:

  • 1º Núcleo – Divulgação e captação de vítimas: formado por Tainá Sousa, o irmão Vitor Lima, o ex-namorado Neto Duailibe, além de Isabela Thalita Nascimento Gonçalves e Marília Dutra.
  • 2º Núcleo – Lavagem de dinheiro: responsável por comprar imóveis e fazer investimentos bancários. Incluía Tainá, Maria Angélica Roxo Lima (Advogada de Tainá Sousa), o pai Otávio Teodósio Filho, Vitor Lima e Neto Duailibe.
  • 3º Núcleo – Segurança do grupo: contava com Davi (identificado apenas pelo primeiro nome), Maria Angélica, e o policial militar Lauanderson Silva Salazar.
Segundo as investigações, o grupo utilizava redes sociais para divulgar o 'Jogo do Tigrinho'. (Foto: divulgação)
Segundo as investigações, o grupo utilizava redes sociais para divulgar o 'Jogo do Tigrinho'. (Foto: divulgação)

De todos os investigados, Tainá é a única que permanece presa preventivamente. Ela descumpriu medidas cautelares ao alterar o perfil no Instagram de “público” para “privado”, mesmo estando proibida de usar redes sociais.

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Durante a investigação, a polícia afirma ter encontrado uma “lista de execução” de autoridades, atribuída a Tainá e ao pai dela, Otávio. Entre os nomes citados estariam o jornalista Luís Cardoso, que morreu em abril deste ano, um jornalista não identificado, o deputado estadual Yglésio Moisés e o delegado Pedro Adão, que coordena o caso.

 
 

Segundo a Polícia Civil, os alvos seriam pessoas que atuam contra jogos ilegais, como o “Jogo do Tigrinho”, contrariando interesses da influenciadora. O delegado Pedro Adão ressaltou que as mensagens indicam “intenção homicida”, mas não configuram um plano concreto.

Sobre a operação

A operação 'Dinheiro Sujo' foi deflagrada no dia 30 de agosto para cumprir mandados de busca e apreensão contra cinco influenciadores que fariam parte de um grupo criminoso liderado por Tainá.

De acordo com a polícia, o grupo utilizava redes sociais para divulgar o 'Jogo do Tigrinho', atraindo vítimas por meio de promessas enganosas de lucros rápidos e elevados. Os seguidores eram estimulados a se cadastrar e depositar valores em plataformas de jogos do tipo caça-níqueis, operadas por indivíduos que contratavam os influenciadores investigados para impulsionar a divulgação.

Veículos apreendidos durante a operação contra Tainá Sousa e outros influenciadores, em São Luís. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Veículos apreendidos durante a operação contra Tainá Sousa e outros influenciadores, em São Luís. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Além de Tainá Sousa, também foram alvos os influenciadores Maria Angélica, Otávio Filho, Otávio Vitor e Neto Duailibe. Para a polícia, todos usavam suas imagens para promover os jogos e levar as vítimas para um grupo de WhatsApp em nome da Tainá Sousa. O grupo também tinha uma advogada, que era encarregada pela lavagem de dinheiro, segundo a polícia.

Como parte das medidas judiciais da operação, foi determinado o bloqueio de R$ 11.424.679,00 dos investigados, além do sequestro e apreensão de uma moto aquática e veículos de luxo, incluindo modelos como Range Rover Velar, Range Rover Evoque, BMW e Toyota Hilux.

Ainda segundo a Polícia Civil, Taíná já responde a processos judiciais por outros crimes. Em uma ação criminal, ela figura como ré por furtos continuados, após usar um cartão de crédito pertencente a uma pessoa falecida para realizar diversas compras no mesmo dia do óbito. Ela confessou os crimes e firmou acordo de não persecução penal, tendo o processo sido suspenso provisoriamente.

Tainá, que tinha 127 mil seguidores no Instagram, também teve as redes sociais bloqueadas pela Justiça. (Foto: divulgação)
Tainá, que tinha 127 mil seguidores no Instagram, também teve as redes sociais bloqueadas pela Justiça. (Foto: divulgação)

Além disso, a investigada também é alvo de um inquérito por maus-tratos a animais e incitação ao crime. As denúncias indicam que ela ofereceu bebidas alcoólicas e energéticas ao próprio cão de estimação, filmou a ação e publicou nas redes sociais.

Tainá, que tinha 127 mil seguidores no Instagram, também teve as redes sociais bloqueadas pela Justiça. 

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