BRASÍLIA - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados definiu nesta terça-feira (5) as diligências que integram a fase de instrução probatória do processo de cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP), atualmente detida em Roma desde 29 de julho.
O presidente da CCJC, deputado Paulo Azi (União-BA), e o relator, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), acordaram que Zambelli será ouvida por videoconferência e que serão convocadas testemunhas de defesa e acusação. Ainda não há datas para as sessões.
TESTEMUNHAS E PEDIDOS
Entre os convidados para depor está o hacker Walter Delgatti Neto, condenado a 8 anos e 3 meses pelo mesmo episódio de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A defesa de Zambelli solicitou acareação entre ela e Delgatti, mas o requerimento foi negado por falta de respaldo regimental.
Também foram chamados a depor o delegado Flávio Vieitez Reis e o agente federal Felipe Monteiro de Andrade, que atuaram na investigação, assim como o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira — que se reuniu com Delgatti — e o assistente técnico de defesa Michel Spiero, do STF.
Concluída a instrução, a CCJC emitirá parecer sobre a perda de mandato. Se aprovada, a decisão seguirá para julgamento em plenário, onde são necessários 257 votos favoráveis para cassação.
Carla Zambelli
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