Resgate

Ave australiana e outros seis animais silvestres são apreendidos em sítio na zona rural da Raposa

Local já havia sido alvo de operação anterior e pertence a um médico cardiologista; animais estavam confinados em condições precárias e sem autorização legal.

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Entre os bichos encontrados pela polícia estava um Emu, ave típica da Austrália que não pertence à fauna brasileira.
Entre os bichos encontrados pela polícia estava um Emu, ave típica da Austrália que não pertence à fauna brasileira. (Foto: reprodução / TV Mirante)

RAPOSA - O Batalhão de Polícia Ambiental do Maranhão apreendeu, nesta semana, sete animais silvestres que eram mantidos irregularmente em um sítio localizado na zona rural do município de Raposa, na Região Metropolitana de São Luís. Os animais estavam confinados em espaços improvisados, sem infraestrutura adequada e apresentavam sinais de abandono.

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Entre os bichos encontrados pela polícia estava um Emu, ave típica da Austrália que não pertence à fauna brasileira. Segundo o Batalhão Ambiental, o Emu é considerado a segunda maior ave terrestre do mundo, podendo atingir até dois metros de altura. A presença da espécie chamou a atenção dos policiais.

A operação foi desencadeada a partir de uma denúncia anônima. No local, além do Emu, foram resgatados outros animais silvestres que não possuíam autorização para serem criados em cativeiro. De acordo com a polícia, há indícios de que o sítio funcionava como depósito para posterior comercialização ilegal dos animais.

A área onde os animais estavam mantidos possui cerca de 100 metros de comprimento por 20 de largura. Segundo o tenente-coronel Nelson Pereira, comandante do Batalhão Ambiental, a atuação da equipe foi necessária para impedir a continuidade do crime ambiental.

“Não é um animal endêmico do Brasil, da fauna brasileira. É um animal exótico. A parte que nos cabe aqui é fazer a apreensão e o encaminhamento à Delegacia Ambiental para que a apuração siga seu curso”, afirmou.

Essa não foi a primeira vez que o sítio foi alvo de operação. Segundo a Polícia Ambiental, o local já havia sido inspecionado há cerca de uma semana, quando foram encontradas pacas e uma cotia. Na nova ação, jabutis também foram localizados. O sítio pertence a um médico cardiologista, que não teve a identidade divulgada. Ele foi autuado e deverá responder por crime ambiental.

“Na primeira incursão, a gente encontrou as pacas e a cotia. Os jabutis não estavam. Para nossa surpresa, eles apareceram agora. Tivemos até dificuldade em transportar esses animais por conta das condições do local”, relatou o capitão Neto.

Além da apreensão dos animais, uma investigação foi aberta para apurar a origem e o destino dos bichos. Há também suspeita de que armas de grosso calibre estivessem escondidas em uma residência próxima ao sítio, pertencente a um parente do proprietário.

Os animais resgatados foram levados para avaliação veterinária e devem ser encaminhados a centros especializados de recuperação da fauna silvestre. Até o momento, o dono do sítio não foi localizado para prestar esclarecimentos.

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