SÃO LUÍS - Caio Lúcio Camara dos Santos, que está preso por suspeita de ter matado o major André Felipe, na última quarta-feira (30), cinco meses antes do crime estava preso no Complexo de Pedrinhas, em São Luís, por assalto.
Segunda a sentença da 5º Vara Criminal de São Luís, Caio Lúcio e um comparsa foram condenados a cumprir pena pelo crime de roubo no regime semiaberto. Porém, como os dois estavam presos, preventivamente, desde a época do assalto, ambos puderam sair da penitenciária.
Entenda o caso
Segundo o Ministério Público do Maranhão (MP-MA), o assalto praticado por Caio Lúcio e o comparsa aconteceu no dia 27 de abril de 2024, por volta das 15h, no restaurante "Ao Redor Bistrô", localizado na rua Godofredo Viana, no Centro de São Luís.
A dupla, em posse de uma arma de fogo, tomou o celular de um dos clientes do restaurante. No entanto, o aparelho foi rastreado e, semanas depois, Caio e o comparsa foram presos. Eles foram reconhecidos pela vítima como autores do crime.
A dupla foi levada para o Complexo de Pedrinhas e ficou preso preventivamente até o dia 28 de novembro de 2024, quando a 5ª Vara Criminal julgou o caso e condenou Caio a seis anos e oito meses de prisão, porém com cumprimento em regime semiaberto.
Por causa da decisão, Caio e o comparsa tiveram o alvará de soltura expedido e puderam sair da penitenciária.
Morte de major
Cerca de cinco meses depois de sair da prisão, segundo a polícia, Caio Lúcio e Ailton Silva Júnior tentaram roubar um cordão de ouro do major André Felipe, na última quarta-feira (30), em um posto de gasolina no bairro São Francisco, em São Luís.
Imagens de câmeras de segurança do posto de gasolina registraram parte da ação criminosa. O carro que André Felipe estava estacionado no acostamento do posto quando dois homens chegaram em uma motocicleta. Houve troca de tiros, o policial foi atingido e morreu no local.
Suspeitos mortos
No dia seguinte ao crime, o homem que estaria pilotando a moto, Ailton Silva Júnior, de 22 anos, foi morto dentro de uma casa na Ilhinha, no bairro São Francisco. De acordo com o relato policial, Ailton teria reagido a prisão e foi atingido com vários tiros.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, Ailton já possuía passagens pela polícia pelos crimes de adulteração de sinais de veículos e porte ilegal de arma de fogo, sendo que a primeira ocorrência foi registrada em 2019, quando ele tinha 18 anos.
Ainda na quinta-feira (1º), o líder de uma organização criminosa, identificado apenas como “Ligeirinho”, morreu em confronto com a polícia. As investigações apontam que ele iria ajudar na fuga de Caio Lúcio, suspeito de ter feito os disparos que mataram o major André Felipe. Ligeirinho chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.
Suspeito preso
O jovem se apresentou na SHPP na companhia de dois advogados e um pastor evangélico, por volta das 3h.
Segundo o delegado George Marques, titular da SHPP, após o crime Caio Lúcio fugiu para a cidade de Barreirinhas, na região dos Lençóis Maranhenses. Porém, ele decidiu se entregar à polícia e confessar a autoria do assassinato.
O suspeito confessou ser o autor dos disparos que mataram o major André Felipe e afirmou que Ailton Silva Júnior, de 22 anos, suspeito morto em confronto com a polícia na quinta, era o piloto da moto usada na ação criminosa.
Ainda segundo o delegado George Marques, Caio já tem passagem pela polícia por diversos assaltos, sendo que contra ele havia um mandado de prisão em aberto pelo crime de roubo, o qual foi cumprido após ele se apresentar na SHPP.
A morte do major André Felipe está sendo investigada como latrocínio, roubo seguido de morte. De acordo com a Polícia Civil, não há evidência da participação de outras pessoas no assassinato do PM.
Saiba Mais
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- Quem era o major da PM assassinado em posto de gasolina, em São Luís
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