SÃO LUÍS -Na próxima quinta-feira (13), o transporte público da Grande São Luís pode começar o dia sem ônibus. Os rodoviários decidiram entrar em greve após mais uma reunião realizada na manhã desta segunda-feira (10). O sindicato precisa cumprir um prazo de 72 horas antes da paralisação, por questões burocráticas.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) alega que está tentando conversar com os rodoviários para que a população não fique sem poder utilizar os transportes públicos em São Luís.
Veja abaixo o que diz o Diretor Executivo do SET, Paulo Pires:
“Nós vamos tomar todas as previdências possíveis junto ao Tribunal de Trabalho, caso isso (greve), realmente aconteça. Nós vamos buscar na justiça dando a reparação e a necessidade de atualização desse serviço assim como a manutenção dele para que a população não sofra tanto. É muito importante a gente entender que o serviço é uma composição de vários custos, de várias necessidades, uma delas é o anual reajuste dos rodoviários. Então é necessário que o setor faça um debate da Prefeitura com o Estado de uma recomposição da tarifa. […] Apelamos aos rodoviários que nos deem mais prazo para exercitar uma solução.”
Questionados sobre os motivos da greve, a assessor do Sindicato do Rodoviários(STTREMA), Ciro Mineiro, informou que uma reunião para definir questões relativas ao movimento grevista ainda irá acontecer.
A decisão vem após uma série de rodadas de audiência de mediação sem acordo, no Ministério Público do Trabalho, envolvendo representantes da Procuradoria, Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), Sindicato dos Rodoviários e patrões. As empresas afirmaram enfrentar dificuldades financeiras e alegaram que não têm condições de oferecer melhorias, desejando apenas manter as condições atuais, sem avanços para os trabalhadores.
O Sindicato dos Rodoviários espera uma proposta que atenda às necessidades da categoria. Por outro lado, representantes da MOB e da Prefeitura informaram que a SMTT estaria avaliando a possibilidade de conceder algum subsídio para o setor empresarial, mas sem uma proposta concreta até o momento.
Segundo o Presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, desde o início das discussões sobre o reajuste salarial e as melhorias nas condições de trabalho, os rodoviários têm se empenhado ao máximo para evitar a paralisação. Foram realizadas quatro reuniões e duas audiências de mediação no Ministério Público do Trabalho, mas, infelizmente, os empresários não apresentaram nenhuma proposta concreta até o momento. A última tentativa de acordo, ocorreu na manhã desta segunda-feira (10).
Ainda de acordo com Marcelo Brito, a categoria rodoviária não deseja a greve, mas, diante da falta de propostas por parte dos patrões, não há outra alternativa, que não seja, recorrer ao direito legal da paralisação. O Sindicato reforça ainda que permanece aberto ao diálogo. Se os empresários apresentarem uma proposta justa, a greve poderá ser suspensa.
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