BRASÍLIA - Mensagens de texto trocadas entre os deputados federais Josimar de Maranhãozinho (PL), Pastor Gil (PL) e Bosco Costa (PL-SE), com o então prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio Nunes, no período de janeiro de 2020 a agosto do mesmo ano, foi o que ao oferecimento de denúncia pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra os parlamentares. É o que aponta relatório da Polícia Federal (PF).
De acordo com as investigações Josimar de Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa, tivera apoio de outras pessoas para solicitar ao prefeito, propina para liberação de recursos federais.
Segundo a denúncia, o líder do grupo era o deputado Josimar, que em outra apuração chegou a ser flagrado com uma quantidade considerável de dinheiro em espécie.
“Os elementos informativos demonstram, portanto, que os denunciados formaram organização criminosa, liderada por Josimar Maranhãozinho, voltada à indevida comercialização de emendas parlamentares”, destaca relatório da PGR.
Um dos diálogos citados ocorreu entre Josimar e agiota Josival Cavalcanti, conhecido como “Pacovan”, um dos braços da suposta organização criminosa. Ainda em novembro de 2019, ambos tratam abertamente das emendas investigadas.
Em dezembro daquele ano, Pastor Gil consulta Josimar sobre quais municípios deveriam receber recursos de emendas parlamentares. A resposta foi para “deixar 1. 048. 000 para São José de Ribamar”, o que, de acordo com os autos, de fato ocorreu.
Logo em seguida, no mesmo mês, Josimar conversa com o deputado Bosco Costa, que lhe envia a lista de municípios habilitados, por meio da Portaria n. 3.673/2019, a receber recursos de emendas parlamentares. Como São José de Ribamar não estava contemplada, Josimar lhe pede que dê solução ao problema.
Segundo a PF, ele seria o responsável por emprestar dinheiro à organização criminosa e cobrar do prefeito a devolução de parte dos recursos federais oriundos de emendas.
Em um dos diálogos com Josimar, Pacovan sugere que seja destinado àquele município a maior quantidade possível de recursos.
Pacovan também aparece em diálogos com Josimar falando para mandar “o empenho e a tela como os valores de Ribamar”.
Pacovan foi assassinado em junho do ano passado em Zé Doca.
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