SÃO LUÍS - A Justiça do Maranhão expediu, nesta quinta-feira (19), um mandado de prisão contra Diego Henrique Marão Polary, condenado a 10 anos de prisão pelo assassinato do advogado Brunno Eduardo Soares Matos, ocorrido em outubro de 2014, em São Luís. O documento que pede a prisão do réu foi publicado pelo juiz Gilberto de Moura Lima, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.
De acordo com decisão judicial, a determinação segue o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do Recurso Extraordinário n.º 1.235.340, que estabelece que a soberania dos veredictos do Tribunal do Júri autoriza a execução imediata da pena, independentemente do tempo da condenação.
Diego Polary foi condenado em 2017 pelo júri popular a uma pena de oito anos, mas recorreu em liberdade. Em 2019, a pena foi aumentada para 10 anos, e o réu continuou livre enquanto aguardava o trânsito em julgado. Em 2023, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) determinou a prisão de Diego, mas uma decisão temporária do STF suspendeu a reclusão.
No entanto, em 12 de setembro deste ano, o STF autorizou a execução da pena, resultando na expedição de um novo mandado de prisão. Diego Polary deve ser encaminhado para uma unidade prisional, onde vai cumprir a pena.
Relembre o caso
O advogado Brunno Eduardo Soares Matos, de 29 anos, foi assassinado a facadas na madrugada do dia 6 de outubro de 2014, após a festa de comemoração do senador eleito Roberto Rocha (PSB), realizada no comitê de campanha do candidato, no bairro Olho-d'Água, em São Luís.
O irmão dele, Alexandre Soares Matos, e o amigo Kelvin Kim Chiang, também foram feridos. Segundo informações da polícia, o crime teria sido resultado de uma discussão por causa do som alto da festa.
Inicialmente, Carlos Humberto Marão Filho, de 38 anos, foi apontado como principal suspeito do crime. No dia 16 de outubro, o vigilante João José Nascimento Gomes assumiu a autoria do assassinato. À polícia, ele disse que não lembra a ordem dos fatos, mas que foi ele quem desferiu os golpes de faca nas vítimas.
No dia 21 de outubro o vigilante foi até a sede da Ordem dos Advogados do Brasil da seccional do Maranhão (OAB-MA) e negou toda a autoria do crime. Ele disse que foi coagido por um advogado a assumir a autoria do crime e ainda que teria recebido a quantia de R$ 4,9 mil para declarar-se culpado.
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