Pesquisa

IBGE aponta que população no MA começará a encolher em 2034 e 39% serão idosos em 2070

Queda da fecundidade e o aumento da população idosa explicam a dinâmica populacional.

Imirante.com, com informações do g1 MA

Atualizada em 22/08/2024 às 16h40
Esse crescimento e depois diminuição na população também deve acontecer na maioria dos outros estados brasileiros.
Esse crescimento e depois diminuição na população também deve acontecer na maioria dos outros estados brasileiros. (Foto: Paulo Soares / Grupo Mirante)

SÃO LUÍS - Nesta quinta-feira (22) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou projeções que apontam que a população do Maranhão vai começar a encolher em 2034.

De acordo com os números, o Maranhão sairá dos atuais 6.998.087 de habitantes (referente a 2022) para 7.048.055 em 2033. A partir do ano seguinte, a população começará a encolher, chegando em 7.047.535, e progressivamente irá diminuir até chegar a 6.115.778 em 2070.

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Esse crescimento e depois diminuição na população também deve acontecer na maioria dos outros estados brasileiros. Porém, na média nacional, apenas em 2042 a população começará a cair.

Com ritmos diferentes de variação na população, a ordem de tamanho dos estados também vai mudar nas próximas décadas. O Maranhão, porém, deve se manter na 12ª posição no ranking populacional. Além disso:

  • São Paulo seguirá como maior estado da população, seguido de Minas Gerais e Rio de Janeiro
  • Roraima vai passar o Acre e deixar de ser o menor estado da federação;
  • O Rio Grande do Sul passará a o menor estado da região Sul, ultrapassado por Santa Catarina
  • O Ceará passará a ser o 2º maior estado da região Nordeste, ultrapassando Pernambuco;
  • Mato Grosso deixará de ser o 16º maior estado do país para ser o 13º maior.

Para projetar a variação populacional, são levados em contas indicadores como taxa de fecundidade (número de filhos por mulher), a expectativa de vida e e a migração.

Queda no número de filhos é o principal fator para recuo na população

De acordo com a pesquisa do IBGE, no caso brasileiro, a queda da taxa de fecundidade é o principal fator responsável pela diminuição da população nos próximos anos (a migração tem efeito menor).

De 2000 a 2023, o número passou de 2,32 para 1,57 filho por mulher (o número mínimo para garantir a reposição da população é de 2,1 filho por mulher). De acordo com os pesquisadores do instituto, esta queda está relacionada a mudanças nos padrões familiares e nas decisões reprodutivas ao longo das últimas décadas.

No Maranhão, eram 3,2 filhos por mulher em 2000 e esse número vem caindo desde então. Atualmente, está em 1,7 filhos por mulher, o que está abaixo do número de reposição da população e, por isso, o número de habitantes tende a cair. Em 2070, a previsão é que seja de 1,5.

População de idosos no Maranhão

O IBGE também indica o aumento na população de idosos no Brasil, provocada principalmente pelo aumento na expectativa de vida.

As projeções indicam a expectativa ao nascer deve sair de 72,1 anos (atuais) para 81,7 em 2070. No Maranhão, a média deve subir menos: De 71,8 anos atuais para 81,5 em 2070.

"Essa queda na taxa de fecundidade tem a ver com mulheres mais voltadas para o mercado de trabalho, escolaridade mais elevada e cuidados maiores com a saúde reprodutiva. Em suma, o estudo de projeção de população divulgado pelo IBGE aponta para uma realidade demográfica do Maranhão bem menos dinâmica do que a média do Brasil. Vale a pena também informar que esse estudo aponta para o crescente envelhecimento da população, isto é, aumento da proporção de idosos em meio ao quantitativo de crianças e adolescentes. Em 2043, a projeção de população aponta que no Maranhão haverá mais pessoas de 65 anos ou mais de idade que pessoas de 0 a 14 anos de idade. Portanto, um desafio colocado à sociedade maranhense no futuro bem breve é como se preparar para oferecer qualidade de vida para essa população crescente de idosos. É preciso ter em mente também que estudos de projeção de população estão sujeitos a novas revisões. Basta que se constante que algo de diferente aconteceu no que foi constado de 2000 a 2022", afirmou José Reinaldo Ribeiro, analista técnico do IBGE.

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