(Divulgação)
COLUNA
Curtas e Grossas
José Ewerton Neto é poeta, escritor e membro da Academia Maranhense de letras.
Curtas e Grossas

Os pais deste século

Mas, e os pais teriam evoluído também?

José Ewerton Neto

 
 

Filhos, como se sabe, necessariamente já não são feitos como antes, desde que o bebê de proveta foi inventado. 

Mas, e os pais, teriam evoluído também?

Nada como comparar os pais do século XXI com aqueles do século passado, para constatar que há sutis diferenças. Se não na sua elaboração, mas na sua construção digamos assim, mental. 

O pai século vinte, mandava na casa. O pai século vinte e um, manda na sua caixa de ferramentas, isto é, quando consegue encontrá-la. 

O pai do século passado usava brincar com os filhos. O pai moderno usa o brinco de seus filhos. 

O pai do século passado lia romances enquanto sua mulher assistia novelas na Tevê. O pai do século atual vê BBBrasil enquanto sua mulher ensina técnicas sexuais aprendidas no BBBrasil (sabe-se lá com quem). 

O pai antigo tinha o carro lavado pelo filho hoje tem o carro levado pelo filho. 

O pai do século passado ensinava o filho a jogar futebol. O pai moderno é ensinado pela filha a jogar futebol. 

O pai antigo quando descobria o filho com um relacionamento gay o expulsava de casa. O pai moderno, quando descoberto pelo filho com um relacionamento gay é aconselhado pelo mesmo a dar a casa ao parceiro. 

O pai antigo achava o máximo que seus filhos aprendessem desde cedo a agir com adultos. Hoje o pai moderno é obrigado pelos filhos a agir como criança. 

O pai antigo tinha filhos que se queixavam de sofrer bullyng nas escolas. O pai moderno se queixa de sofrer bullyng no serviço. 

O pai antigo, às escondidas, vigiava o namorado da filha. O pai do século atual, às escondidas, namora o namorado da filha. 

O pai antigo defendia com unhas e dentes a sua filha das importunações sexuais. O pai moderno defende suas unhas e dentes, com os procedimentos estéticos da filha.

O pai antigo dava murros na mesa. O pai moderno leva murros para aumentar a mesada. 

O pai antigo sempre dava a última palavra em qualquer assunto em casa. O pai moderno deixa a última palavra para o cachorrinho da casa

O filho do pai do século passado via às escondidas as revistas Playboy do pai. Hoje o pai moderno é alimentado com filmes pornôs enviados pelo celular do filho. 

Quando morria um pai do século passado dizia-se: morreu alguém que deu a vida pelos filhos. Hoje se diz: Morreu um pai que deu vida e maconha para os filhos. E como isso lhes fez bem!

As opiniões, crenças e posicionamentos expostos em artigos e/ou textos de opinião não representam a posição do Imirante.com. A responsabilidade pelas publicações destes restringe-se aos respectivos autores.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.