INVESTIGAÇÃO

Ramagem depõe pela primeira vez à PF após divulgação de áudio

Depoimento do ex-chefe da Abin será às 15h desta quarta-feira na PF do Rio de Janeiro

Ipolítica

Atualizada em 17/07/2024 às 09h38
Deputado federal está no epicentro da polêmica envolvendo áudio sobre Receita Federal.
Deputado federal está no epicentro da polêmica envolvendo áudio sobre Receita Federal. (Reprodução)

BRASÍLIA - O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), prestará depoimento hoje (17) na Polícia Federal do Rio de Janeiro, às 15h. Este é o primeiro depoimento de Ramagem após a divulgação de um áudio de reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e após a prisão de cinco alvos da Operação Última Milha, que investiga a atuação de uma "Abin paralela" durante o governo Bolsonaro.

O depoimento visa esclarecer o envolvimento de Ramagem no esquema que supostamente espionava autoridades e opositores políticos, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), jornalistas, parlamentares, servidores públicos federais e advogados. A reunião gravada, que foi encontrada nos arquivos do ex-chefe da Abin, também será tema do depoimento, especialmente em relação à tentativa de proteger o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) das investigações sobre o esquema de "rachadinha".

Na terça-feira (16), Ramagem afirmou na rede social X que Bolsonaro estava ciente de que a reunião estava sendo gravada e negou qualquer intenção de favorecimento. “O presidente sempre se manifestou na reunião por não querer favorecimentos ou jeitinhos. Manifestei-me contrariamente à atuação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no tema, indicando o caminho por procedimento administrativo pela Receita Federal (RF), previsto em lei, e ainda judicial no Supremo Tribunal Federal (STF)”, declarou Ramagem.

A Operação Última Milha investiga a criação de uma estrutura paralela de espionagem durante o governo de Jair Bolsonaro, que teria sido usada para monitorar e perseguir desafetos políticos. O áudio divulgado recentemente faz parte das evidências coletadas pela Polícia Federal, indicando discussões sobre estratégias para impedir investigações contra o senador Flávio Bolsonaro.

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