SÃO LUÍS - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) iniciou a elaboração de uma pesquisa para mapear projetos de mobilidade urbana em 21 metrópoles do Brasil - São Luís, capital do Maranhão, aí incluída.
O estudo vai se concentrar em cidades com população superior a 1 milhão de habitantes, com projetos de média e alta capacidade, como metrôs, BRTs, VLTs e trens.
A informação é do Estadão.
Para a produção do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana, o Banco deverá investir R$ 27,8 milhões. O mapeamento terá duração de um ano, com parceria do Ministério das Cidades. Durante a etapa inicial, de acordo com o Banco, um dos objetivos é mapear a qualificação técnica de empresas interessadas.
Ao fim do estudo, as cidades devem estar aptas para buscar alternativas de financiamento. Atualmente, o déficit de investimentos no setor atinge pelo menos R$ 300 bilhões, conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados em 2023.
“O estudo será essencial para mapear os projetos de alta e média capacidades nas maiores regiões metropolitanas do País, contribuindo para a redução do déficit histórico de investimentos no setor”, afirmou Felipe Borim, superintendente da Área de Infraestrutura do BNDES. Também é objetivo do mapeamento, de acordo com o BNDES, otimizar e integrar as redes de transporte nas cidades.
As regiões que farão parte do projeto incluem as cidades de Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus.
O resultado do estudo também contribuirá para formar a carteira de projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) que promovam investimentos para melhoria dos serviços públicos no âmbito do Novo PAC.
VLT - O mais próximo que São Luís já esteve de um projeto de mobilidade como o agora estudado pelo BNDES foi em 2012. Naquela ocasião, sob grande expectativa, chegava à capital maranhense em 5 de setembro de 2012, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) prometido pelo então prefeito João Castelo (PSDB).
A composição entrou na cidade em meio às comemorações dos seu 400 anos - e às vésperas da eleição daquele ano. À época, a gestão municipal anunciou a implantação do modelo de transporte como uma das soluções para o deslocamento urbano.
Imagens do veículo foram amplamente utilizadas na campanha eleitoral. Mas o projeto foi abandonado e os vagões retirados e guardados em um galpão.
Em 2018, a 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) reformou decisão de primeira instância e desobrigou a empresa Bom Sinal Indústria e Comércio de arcar com todos os custos de manutenção e conservação do VLT, além de despesas que surgissem relacionadas ao bem. A responsabilidade foi, então, repassada à Prefeitura de São Luís.
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