'Bolada'

Advogados devem ficar com R$ 400 milhões de honorários do precatório do Fundef

Para vice-governador e secretário de Educação, Felipe Camarão, recurso seria indevido, uma vez que a ação inicial foi ingressada pelo Estado.

Ipolítica

Decisão judicial assegura bloqueio de parte do repasse para pagamento de honorários
Decisão judicial assegura bloqueio de parte do repasse para pagamento de honorários (Foto: divulgação)

SÃO LUÍS - Os advogados contratados pelo Sinproesemma para atuar no caso dos precatórios do Fundef devem ficar com mais de R$ 400 milhões caso seja mantida decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), para bloqueio de 15% do valor devido aos professores para pagamento de honorários. 

Levantamento do sindicato mostra que ao todo, o Maranhão receberá algo em torno de R$ 4,4 bilhões da União até 2026 – a primeira parcela, já nas contas do Estado, é de mais de R$ 1 bilhão.

Deste montante, 60% (ou algo em torno de R$ 2,6 bilhões), referem-se à parte dos profissionais.

É justamente sobre esse valor que deve incidir o bloqueio de 15%, totalizando quase R$ 400 milhões – mais os juros, até que todo o valor seja pago.

O caso, no entanto, pode provocar uma discussão mais intensa no STF, uma vez que nesta sexta-feira, 3, o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão (PT), também vice-governador do Maranhão, acionou a PGR e a PGJ-MA para que questionem o despacho de Marques.

Camarão chamou a atenção para o caso neste fim de semana. Ele classifica a decisão de Nunes Marques de absurda e argumenta que a ação que resultou no acordo para o pagamento dos valores foi iniciada pelo próprio Estado, não pelos advogados do sindicato.

“A decisão é absurda e somos contra. Foi o Estado que entrou com a ação em 2006 e os educadores estão esperando cerca de 20 anos para receber os recursos. Não teve nenhum tipo de atuação de advogados de sindicatos. Temos dois caminhos, o primeiro é os professores se unirem contra esse absurdo e depois o Governo do Maranhão recorrer. Irei conversar com o governador Carlos Brandão (PSB) para saber que medida iremos tomar”, destacou.

Resposta

Já os advogados, por meio de nota, falaram na legitimidade e legalidade dos honorários e apontaram terem sido decisivos para que os professores conseguissem o repasse do Fundef.

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