JERUSALÉM - As Forças Armadas de Israel deMitiram dois comandantes responsáveis por um bombardeio que resultou na morte de uma equipe da ONG World Central Kitchen na última segunda-feira (1). Segundo relatório de investigação interna, os militares confundiram os membros da ONG com terroristas armados do Hamas.
O relatório israelense afirma que o grupo foi “erroneamente alvejado”. Após a divulgação do relatório, a World Central Kitchen rejeitou as conclusões e pediu uma investigação independente.
As Forças Armadas de Israel descreveram o incidente como um “erro grave decorrente de uma falha grave devido a uma identificação equivocada, erros na tomada de decisões e um ataque contrário aos Procedimentos Operacionais Padrão”.
Em comunicado, os israelenses afirmaram que, após a investigação, tomaram várias medidas: demitiram o comandante de apoio da brigada, destituíram o chefe do Estado-Maior da brigada responsável pela operação e repreenderam outros comandantes. Os nomes e cargos desses indivíduos não foram divulgados no comunicado.
“As conclusões da investigação indicam que o incidente não deveria ter ocorrido. Os comandantes que aprovaram o ataque estavam convencidos de que o alvo eram agentes armados do Hamas e não funcionários da WCK”, disse o relatório de Israel.
O ataque, que atingiu dois veículos da ONG World Central Kitchen, ocorreu na segunda-feira (1º). A organização havia entregado uma carga de alimentos ao território palestino horas antes do bombardeio israelense.
De acordo com a ONG, entre os mortos estão três cidadãos do Reino Unido, um da Austrália, um dos EUA, um da Polônia e um palestino. A World Central Kitchen, uma das ONGs mais ativas em Gaza, enviou o primeiro navio com ajuda humanitária ao território há duas semanas, em parceria com a ONG Open Arms. A WCK interrompeu as operações de ajuda na região.
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