Narrativa política

Márcio Jerry defende tese de "mandante dos mandantes" no caso Marielle

Deputado federal pelo PCdoB, Márcio Jerry afirmou que novas perguntas surgem sobre a morte de Marielle, mesmo após ministro da Justiça afirmar que crime foi elucidado.

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Márcio Jerry ainda há perguntas sem respostas no crime Marielle Franco
Márcio Jerry ainda há perguntas sem respostas no crime Marielle Franco (Márcio Jerry)

SÃO LUÍS - Após o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski dar por encerrado o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, com a prisão dos três mandantes do crime: Domingos Brazão, conselheiro de contas do TCE/RJ; Chiquinho Brazão, deputado federal; e Rivaldo Barbosa, delegado de Polícia Civil do Rio de Janeiro, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) afirmou que novas perguntas surgem sobre o caso.

Jerry fez ilações a respeito da participação de outros personagens na trama e defendeu a tese da existência de um “mandante dos mandantes” do homicídio. 

“Quem mandou os mandantes da morte de Marielle Franco encomendarem o assassinato dela?”, compartilhou Jerry, numa publicação do jornalista Ricardo Noblat.

Na tarde deste domingo (24), o deputado maranhense desconsiderou o fato de o crime ter sido esclarecido pela Polícia Federal e afirmou que há apenas “um avanço” a respeito da trama que resultou na morte da vereadora do RJ.

“Novas perguntas surgem com o avanço no caso Marielle. Certamente nenhuma dúvida ficará. Irmãos Brazão, por exemplo, devem ter muito o que dizer. Avante”, disse.

Em outra publicação, ele compartilha o texto de um seguidor que tenta fazer a relação dos irmãos Brazão com um dos filhos  do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Mais um vídeo (agora com boa resolução) da família Brazão junto com Flávio Bolsonaro fazendo carreata de apoio a campanha do Bolsonaro nas eleições de 2022. Bolsonarismo mata”, compartilhou.

Brazão

Domingos Brazão, conselheiro de contas do TCE/RJ depois de ter exercido cargos eletivos, integra uma família que atua na política tradicional fluminense. Ele é um dos aliados de Marcelo Freixo, ex-deputado e hoje presidente da Embratur e nutria boa relações com membros do PT. 

Domingos participou ativamente, por exemplo da campanha política que reelegeu Dilma Rousseff (PT), presidente da República. Já o seu irmão, Chiquinho Brazão, fez campanha para Bolsonaro em 2022.

O conselheiro de contas Domingos Brazão já esteve envolvido em muitos escândalos. Em 2011, por exemplo, ele teve o seu mandato de deputado estadual cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ) por suposta compra de votos no pleito de 2010. A condenação, contudo, foi derrubada dias depois pelo então ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski. 

Ele também já admitiu publicamente ter assassinado uma pessoa, mas disse ter sido absolvido por ter agido em legítima defesa. 

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