Plano B

Sem ônibus, passageiros buscam transporte alternativo na Grande São Luís

A solução muitas vezes é pagar mais caro com transporte por aplicativos, vans ou mototáxis devido à greve de rodoviários.

Imirante.com

Atualizada em 06/02/2024 às 07h43
Usuários do transporte público buscam formas para chegar ao seu destino. (Foto: Murilo Lucena/TV Mirante)
Usuários do transporte público buscam formas para chegar ao seu destino. (Foto: Murilo Lucena/TV Mirante)

SÃO LUÍS – Um dia caótico para quem depende do transporte público na Grande São Luís. Tentando não chegar atrasada ao seu compromisso, muita gente se vira do que jeito que pode com transporte alternativo. Por outro lado, há empresas fretando ônibus para buscar seus funcionários.

Este cenário se deve à paralisação de motoristas e cobradores do transporte público que atende a capital São Luís e a região metropolitana (São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa).

Algumas pessoas aguardam por veículos nas paradas, outras procuram pelas vans, pelos mototaxistas, sem falar daquelas que estão desembolsando mais com transporte por aplicativo. Os terminais de integração, enquanto isso, estão completamente desertos, ao contrário do que se vê na rotina normal da cidade.

Manhã sem ônibus circulando na Grande São Luís. (Foto: Nice Ribeiro/TV Mirante)
Manhã sem ônibus circulando na Grande São Luís. (Foto: Nice Ribeiro/TV Mirante)

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão, a paralisação ocorre porque o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) ofereceu uma contraproposta com redução do valor do ticket alimentação, não assegura a manutenção do plano de saúde e não oferta qualquer percentual de reajuste nos salários, enquanto a categoria quer garantir todos esses direitos. 

A Justiça do Trabalho determinou, ainda nessa segunda (5), que os grevistas devem manter 50% da frota circulando hoje, sob pena de multa de R$ 30 mil. Na liminar, o desembargador Francisco José de Carvalho Neto, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16), aponta que a paralisação total das atividades dos rodoviários na Grande Ilha de São Luís é ilegal, por ser um serviço essencial, violar o princípio da continuidade do serviço público e representar perigo de dano à população, que necessita do transporte público para exercício de suas atividades laborais, profissionais, educacionais e comerciais.

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, anunciou o pagamento do percentual de reajuste negociado entre rodoviários e empresas do transporte público. Ele disse ainda que não haverá aumento da passagem.

Uma mediação entre o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) e o Sindicato dos Rodoviários está prevista para a tarde desta terça-feira (6), com o objetivo de discutir a Convenção Coletiva de Trabalho de 2024 e possibilitar o encerramento da greve dos rodoviários. A reunião deve ser iniciada às 14h, na sede do Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA). 

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