'Operação Mustache'

PF faz operação em São Luís contra barbearia usada como empresa fachada no Piauí

Conforme as investigações, aproximadamente R$ 10 milhões originalmente destinados à Saúde e Educação teriam sido desviados.

Imirante.com

Atualizada em 12/12/2023 às 12h21
O inquérito policial apura crimes licitatórios, crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O inquérito policial apura crimes licitatórios, crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa. (Foto: Divulgação / PF)

SÃO LUÍS - A Polícia Federal (PF) realiza nesta terça-feira (12) a Operação Mustache com o objetivo de apurar possíveis crimes envolvendo a contratação de um grupo de empresas fornecedoras de bens diversos para as áreas de saúde e educação de municípios do Piauí e do Maranhão. 

A operação contou com a participação de 70 policiais federais, com o apoio dos auditores da Controladoria Geral da União - CGU. As equipes foram responsáveis pelo cumprimento de 34 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de sequestro de bens e valores em endereços vinculados aos investigados, dentre eles nove órgãos públicos municipais, além de residências e empresas vencedoras das licitações. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí.

A investigação teve início a partir dos resultados de auditoria interna da CGU, constatando a existência de indícios de fraude e direcionamento das contratações em benefício do grupo de empresas que se sagravam vencedoras das disputas públicas.

Na sequência, foi identificado o superfaturamento por sobrepreço e por quantidade, em razão de emissão de notas fiscais com quantidades de produtos superiores às efetivamente entregues, ou venda de “notas fiscais frias”, quando é feito o pagamento dos impostos, porém sem entrega de produtos. Ademais, apurou-se uma série de irregularidades em contratos e aditivos celebrados pelos entes com as empresas investigadas, que ensejou o sequestro de bens e valores dos investigados de mais de R$ 10 milhões.

O objetivo desta ação é interromper a prática criminosa, coletar provas para reforçar a tese investigativa e identificar outros servidores públicos ou particulares envolvidos no esquema, bem como recuperar bens e ativos adquiridos com os recursos desviados da Saúde e Educação.

O inquérito policial apura crimes licitatórios, crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Em São Luís, os policiais cumpre um mandado de busca e apreensão relacionado à participação em um esquema criminoso. Este esquema utilizava endereços de barbearias em Teresina, no Piauí, para registrar falsamente "empresas de fachada".

No total, estão sendo cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, juntamente com 12 mandados de sequestro de bens e valores em locais associados aos suspeitos. Esses endereços incluem nove órgãos públicos municipais, além de residências e empresas que foram vencedoras de licitações. Todas as ordens judiciais foram emitidas pela 1ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí.

Operação Mustache

O nome da operação, "Mustache" (bigode em inglês), faz referência ao uso pelo grupo criminoso dos endereços de Barbearia da capital Teresina/PI para o registro de "empresas de fachada".

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