CANCELADOS

Justiça maranhense barra shows de Saia Rodada e Léo Santana avaliados em mais de R$ 600 mil

A Justiça do Maranhão suspendeu shows de Saia Rodada e Léo Santana, previstos para Afonso Cunha e Coelho Neto, após ações do Ministério Público questionarem os gastos de R$ 670 mil em meio a necessidades básicas nos municípios

Ipolítica

'Réveillon do Povão', em Coelho Neto, teve show de Léo Santana cancelado.
'Réveillon do Povão', em Coelho Neto, teve show de Léo Santana cancelado. (Arquivo)

SÃO LUÍS - A Justiça do Maranhão determinou a suspensão de shows do grupo Saia Rodada e do cantor Léo Santana, contratados pelas prefeituras de Afonso Cunha e Coelho Neto, respectivamente. A decisão, baseada em ações do Ministério Público, questiona a alocação de recursos públicos para eventos de grande porte em municípios com necessidades prioritárias em saúde e educação.

A liminar suspendeu o show do Saia Rodada, previsto para ocorrer em 12 de dezembro em Afonso Cunha, e o show de Léo Santana, agendado para 28 de dezembro no 'Réveillon do Povão', em Coelho Neto. O Ministério Público do Maranhão, por meio de ações civis públicas ajuizadas pelo promotor Williams Silva de Paiva, argumentou contra os gastos exorbitantes dos eventos, somando R$ 670 mil, em contextos de precariedade dos serviços públicos essenciais.

O valor contratual do show de Saia Rodada alcançava R$ 220 mil, enquanto a apresentação de Léo Santana estava avaliada em R$ 450 mil. As prefeituras justificaram as contratações via inexigibilidade de licitação, o que não foi alvo de investigação sobre os artistas.

MINISTÉRIO PÚBLICO E DECISÕES

O promotor destacou a importância de direcionar os recursos municipais para melhorias em áreas críticas como saúde e educação. As decisões judiciais enfatizaram a incongruência dos gastos com os shows frente às necessidades econômicas e sociais dos municípios. A Justiça impôs restrições financeiras às prefeituras de Afonso Cunha e Coelho Neto, proibindo-as de efetuar pagamentos relacionados aos contratos dos shows e de contratar eventos similares, sob penalidades financeiras significativas.

As decisões geraram debates sobre a gestão fiscal dos municípios e a priorização de gastos públicos. As prefeituras estão obrigadas a notificar publicamente o cancelamento ou suspensão dos shows em seus sites oficiais. A situação evidencia um dilema comum em administrações municipais sobre a alocação de fundos entre entretenimento e serviços essenciais.

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