O Governo do Maranhão instituiu, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Uso de “Cannabis” Medicinal para Epilepsia de Difícil Controle em pacientes infantojuvenis. O documento, que contém a assinatura do governador Carlos Brandão e do secretário da SES, Tiago Fernandes, foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 30 de agosto deste ano.
O protocolo foi elaborado pela equipe técnica da Secretaria Adjunta de Assistência à Saúde da SES, tendo a consultoria de profissionais especialistas com larga experiência e atuação na área assistencial de prestação do cuidado aos pacientes acometidos por epilepsia.
As consultas recomendadas pelo protocolo são baseadas em evidências que têm motivado a regulamentação do uso clínico de extrato padronqizado contendo canabidiol para tratamento de casos graves de epilepsia no Brasil e devem servir como orientação de conduta diagnóstica e terapêutica, sempre levando em conta os aspectos individuais de cada paciente.
Elaboração e distribuição
O protocolo foi elaborado pela neurologista Sílvia Raimunda Costa Leite e tem validade até 13 de junho de 2025, com revisão de profissionais do sistema estadual de saúde, sob a responsabilidade de técnicos da Farmácia de Medicamentos Especiais do Estado (Face), que fará a distribuição da substância aos pacientes.
O tratamento terá prazo indeterminado por se tratar de doença crônica. Será preciso assinar termo de esclarecimento e responsabilidade para uso do canabidiol e seus potenciais efeitos benéficos para a saúde, como diminuição dos eventos convulsivos e melhora da qualidade de vida. Pacientes e familiares também terão que declarar ciência dos efeitos adversos e risco do uso do medicamento.
feitos adversos da “cannabis” medicinal:
Neurológicos: alteração da memória de curto prazo, redução da capacidade de manter concentração, sonolência, visão turva, ataxia (sensação alterada de equilíbrio e posicionamento) e tontura.
Psiquiátricos: alterações de comportamento e de humor, ideação suicida, alucinações, paranoia, depressão, euforia, disforia, psicose, ansiedade e dependência. Risco de psicose, particularmente em indivíduos com histórico familiar ou pessoal de doenças psiquiátricas. Risco de dependência.
Cardiovasculares: palpitação, taquicardia, síncope, vasodilatação com diminuição da pressão arterial (exteriormente se manifesta por olhos vermelhos) e hipotensão postural.
Saiba mais
A.epilepsia é uma doença em que há perturbação da atividade das células nervosas no cérebro, causando convulsões.A epilepsia pode ocorrer como resultado de um distúrbio genético ou de uma lesão cerebral adquirida, como traumatismo ou acidente vascular cerebral.
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