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Prefeitura condiciona liberação de emenda a votação da LOA e vereadores criam CPI

Secretário de Articulação Política de Eduardo Braide, Márcio Andrade, tem conversado com os vereadores para aprovar o texto da Lei Orçamentária Anual sem alterações; parlamentares reagem e criam comissão para investigar a gestão.

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Câmara de São Luís cria CPI dos contratos emergenciais após pressão da Prefeitura para aprovação da LOA
Câmara de São Luís cria CPI dos contratos emergenciais após pressão da Prefeitura para aprovação da LOA (Leonardo Mendonça)

SÃO LUÍS - Um diálogo errado levou a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de São Luís contra o prefeito Eduardo Braide (PSD). Já havia o indicativo para fazer uma investigação, mas esta poderia não se concretizar.

No entanto, o secretário municipal de Articulação Política de Braide, Márcio Andrade, deixou a situação delicada demais. Ao conversar de “pé de ouvido” com os vereadores, o responsável pela articulação do prefeito quis condicionar a liberação de emendas à aprovação do texto original da Lei Orçamentária Anual de 2024.

Esta prática, por sinal, ocorre desde o primeiro ano de gestão de Eduardo Braide. Mas desta vez, a Casa sob o comando do vereador Paulo Victor (PSDB) a LOA vai tramitar e será votada até dia 20 mesmo com a pressão da Prefeitura.

E como resposta a esta pressão, 21 vereadores decidiram assinar a criação da CPI para investigar contratos emergenciais da gestão de Eduardo Braide.

A CPI dos contratos sem licitação já foi lida em plenário e teve o parecer favorável da Procuradoria da Câmara. O próximo passo é a publicação em Diário Oficial deixando livre para a instalação da comissão de investigação.

Esta instalação, no entanto, deverá acontecer somente em 2024 porque o recesso está chegando.

Quando for instalada, cinco membros titulares serão escolhidos. Destes, já existe a previsão para a escolha do presidente, vice-presidente e relator. O primeiro deve ser Marcial Lima (Pode), Pavão Filho do PDT deve ser o vice e Marquinhos Silva (União) fica com a relatoria. Todos são de oposição a Braide.

De aliado do prefeito deverá ter somente Francisco Chaguinhas (Pode).

O fato é que a CPI dos contratos emergenciais deve deixar a relação da Prefeitura com o parlamento mais ácida ainda principalmente porque os vereadores prometem que as investigações abalará as estruturas da Prefeitura de São Luís.

Depoimentos previstos

Assim que começarem os trabalhos, a CPI dos contratos emergenciais já tem previsão de depoimentos.

Logo nos primeiros dias, requerimentos chamando empresários que têm e tiveram contrato com a gestão de Eduardo Braide serão apresentados.

A ideia é detalhar de que foram se deu a contratação, quais os valores, os serviços e o andamento de cada obra. Os contratos da Secretaria Municipal de Obras (Semosp) são os alvos principais.

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