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Dino diz que vai encaminhar relatório da CPI das Pirâmides Financeiras para PF

Para Dino, o relatório é importante para o combate as organizações criminosas. O parecer do relator do colegiado, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), foi aprovado na semana passada com mais de 500 páginas e sugere o indiciamento de 45 pessoas.

Ipolítica, com informações do G1

O parecer do relator do colegiado, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), foi aprovado na semana passada com mais de 500 páginas.
O parecer do relator do colegiado, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), foi aprovado na semana passada com mais de 500 páginas. (Valter Campanato / Agência Brasil)

BRASÍLIA- O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou nesta terça-feira (17) que encaminhará para análise da Polícia Federal o relatório da CPI das Pirâmides Financeiras. 

Para Dino, o relatório é importante para o combate as organizações criminosas. O parecer do relator do colegiado, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), foi aprovado na semana passada com mais de 500 páginas e sugere o indiciamento de 45 pessoas, oito delas ligadas à 123 Milhas.

Ainda foram pedidos os indiciamentos do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, por envolvimento na empresa 18KRonaldinho, e de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o "Faraó dos Bitcoins", por crimes como estelionato, lavagem de bens e capitais e gestão fraudulenta.

“Ainda hoje a Polícia Federal vai receber esse material para que analise a abertura de inquéritos. Alguns já existem e outros com certeza serão abertos, porque vimos um rol de crimes, desde estelionato até lavagem de dinheiro, um rol explicito que justifica a análise pela PF”, disse Dino.

O ministro apontou ainda que a movimentação de recursos por esses esquemas pode envolver outros tipos de crimes, como corrupção e lavagem de dinheiro do narcotráfico, o que justifica a análise pela PF.

123 Milhas

O relator da CPI, deputado Ricardo Silva, disse que tem convicção de que a Polícia Federal terá diversos desdobramentos com as investigações feitas pela comissão e classificou o negócio da empresa 123 Milhas como “uma das maiores fraudes que aconteceram no Brasil”.

“Nós tivemos que, durante o curso da CPI, trazer o conceito de criptomoeda para o conceito de ativo digital, porque nós nos deparamos com uma das maiores fraudes que aconteceram no Brasil de pessoas lesadas. Quem que não comprou ou não teve um amigo que comprou uma passagem com a 123 Milhas? É um caso inusitado, de um sistema Ponzi, um tipo de pirâmide financeira, com o ativo digital que é a milha. Chegamos a uma conclusão contundente que ali era uma empresa fadada ao fracasso”, declarou.

Silva disse que a estimativa é de que 700 mil pessoas foram lesadas pela plataforma, mas que esse número pode chegar a um milhão.

Além dos integrantes da CPI, participou da reunião o secretário Nacional de Assuntos Legislativos do MJSP, Elias Vaz.

 


 


 

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