Maranhão deve enfrentar período de chuvas abaixo do normal, diz Nugeo
Segundo o Núcleo de Geoprocessamento da Universidade Estadual do Maranhão (Nugeo/Uema), até o fim do ano, o Maranhão deve enfrentar um período de chuvas abaixo do normal, influenciado pelo fenômeno meteorológico El Niño.
SÃO LUÍS - O Núcleo de Geoprocessamento da Universidade Estadual do Maranhão (Nugeo/Uema) divulgou um prognóstico climático que apontou que, até o fim do ano, o Maranhão deve enfrentar um período de chuvas abaixo do normal, influenciado pelo fenômeno meteorológico El Niño, responsável por elevar as temperaturas.
“Infelizmente, a previsão climática para os próximos meses não é favorável. Nosso estado está enfrentando chuvas abaixo do normal e há uma perspectiva de agravamento das secas devido ao fenômeno do El Niño”, explicou o meteorologista da Uema, Hallan Cerqueira, alertando que esse prognóstico pode auxiliar especialistas e autoridades a pensarem em estratégias para amenizar os impactos negativos na agricultura, por exemplo.
Segundo dados do levantamento climático, que é feito há cerca de 20 anos pelo núcleo, em outubro deve chover pouco no litoral do Maranhão, já que ainda é um mês do período seco em todo o estado. Em novembro, o norte do Maranhão deve continuar com chuvas escassas, enquanto o sul deve começar a ver o tempo mudar, recebendo entre 100 e 200mm de chuva.
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Já o mês de dezembro marca o início da temporada de chuvas no norte do Maranhão, com episódios de chuva localizada e nebulosidade. No sul do estado, as chuvas se intensificam, chegando a 200 a 250 mm.
O diagnóstico climático da Uema também explica que outubro, novembro e dezembro são marcados pelo período de transição para o período chuvoso no estado. No entanto, com o fortalecimento do fenômeno El Niño nas últimas semanas, são grandes as chances de que essa transição seja caracterizada por chuvas escassas, altas temperaturas do ar e baixa umidade no Maranhão.
O El Niño é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, que tem como um de seus efeitos o impacto na distribuição das chuvas em algumas partes do mundo — inclusive no Norte e Nordeste do Brasil.
Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica do governo dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), a estimativa é que o El Niño tenha uma das ocorrências mais intensas dos últimos 70 anos.
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