SALVADOR - No centro da polêmica, o ex-ministro do governo Bolsonaro e presidente do Partido Liberal (PL) na Bahia, João Roma, não poupou palavras ao criticar o ministro da Justiça, Flávio Dino, por suas declarações recentes sobre a violência no estado. Dino atribuiu a política de armas do governo anterior como um dos fatores responsáveis pelo agravamento da violência na Bahia. Em resposta, Roma chamou Dino de "boboca falastrão" e acusou-o de transferir a responsabilidade, gerando um intenso debate político.
Durante uma entrevista à Brado Rádio na última segunda-feira (25), João Roma não segurou as críticas. Ele classificou a fala de Flávio Dino como "ridícula" e alegou que o ministro estava tentando desviar a atenção dos reais problemas da Bahia com "frases de efeito midiático". De acordo com Roma, a violência desenfreada que assola o estado é, na verdade, resultado de mais de duas décadas de governos do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia, que teriam permitido o crescimento do crime organizado.
Roma também afirmou que Flávio Dino age de maneira contraproducente como ministro da Justiça, chamando-o de "ministro da Injustiça". Ele criticou a postura festiva e o desrespeito ao Parlamento atribuídos a Dino, sugerindo que ele não deveria ocupar o cargo de ministro.
No cerne da controvérsia está a onda de violência que tem assolado a Bahia nos últimos meses. Flávio Dino, ao conversar com jornalistas no último domingo (24), descartou a possibilidade de intervenção federal no estado e culpou o governo anterior, presidido por Bolsonaro, pela situação. Ele argumentou que a política de acesso a armas para cidadãos com bons antecedentes, implementada pelo governo Bolsonaro, teria beneficiado o crime organizado.
João Roma, por sua vez, criticou a omissão de Dino em relação à relação histórica entre a esquerda, em especial o PT, e o fortalecimento de facções criminosas. Ele argumentou que no governo anterior, apesar do acesso facilitado a armas legais, houve uma queda nos índices de criminalidade.
Além disso, João Roma expressou seu pesar em relação à perseguição política e judicial direcionada a Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente ainda é a maior liderança da direita no país.
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