SÃO LUÍS – Nesta quarta-feira (27/09), a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) completa 55 anos de atuação. Historicamente, a FIEMA sempre buscou aperfeiçoar o setor industrial. Contribuir para a melhoria das legislações, como a Reforma Tributária; com a transformação digital das empresas industriais, com a formação de mão de obra capaz de lidar com as novas tecnologias e fortalecer as parcerias público-privada, como na criação do SESI Casarão da Indústria, são algumas das frentes lideradas pelo Sistema FIEMA (SESI, SENAI, IEL e Federação) na atualidade.
O SESI Casarão da Indústria foi inaugurado no último dia 22/09 com a presença do governador Carlos Brandão e demais autoridades. Com a parceria por meio do “Adote um Casarão, do Programa Nosso Centro”, do governo estadual, o SESI criou um ambiente que reúne a indústria, educação, tecnologia e cultura para utilização de toda a sociedade. Um local destinado à valorização da inovação e da cultura com auditório para eventos artísticos e culturais, além de possuir estrutura acessível para as pessoas com deficiência.
O presidente da FIEMA, Edilson Baldez, ressaltou que foi um grande passo do Sistema FIEMA para o aprimoramento da educação. “E nada seria possível realizar sem o apoio do governo estadual que disponibilizou o imóvel para a concretização desse projeto que une esforços da iniciativa privada e do poder público”, disse Baldez.
Baldez acrescentou que propostas de inovação como o SESI Casarão da Indústria provocam novos olhares da população ao trabalho e importância do Sistema FIEMA. “Isso acontece tanto na entrega de ações que geram conhecimento e oportunidades para jovens que buscam novos caminhos, como para inserção no novo mundo tecnológico contendo ferramentas que permitem ao público maior interação com o trabalho, com a vida e o ambiente virtual”.
HOMENAGEM - O SESI e a FIEMA realizaram homenagem póstuma ao industrial William José Nagem no SESI Casarão da Indústria, localizado na Praça João Lisboa, 328. Os filhos do engenheiro químico e têxtil, Paulo e Vitória Nagem, receberam a placa que honra a trajetória do seu pai, o fundador da Indústria e Comércio Tupy Limitada, em 1967, fabricante de fios e uma das mais importantes na história econômica do estado.
O SESI Casarão da Indústria é um centro cultural e tecnológico, com diversos espaços. No prédio funcionaram a Câmara Municipal de São Luís, a Junta Comercial do Maranhão (JUCEMA) e a Panificadora Recife, do industrial José Seabra Godinho.
William Nagem foi 1º vice-presidente da FIEMA e presidiu o Sindicato das Indústrias Têxteis do Maranhão, ambos por vários mandatos. O presidente da FIEMA, Edilson Baldez, lembrou que como liderança do setor industrial, Nagem demonstrou dedicação incansável, visão empreendedora e compromisso inabalável com o desenvolvimento econômico e industrial do estado e, ao longo da sua vida, contribuiu para a transformação da indústria local.
No mais novo equipamento cultural de São Luís, há oito espaços de visitação. Um deles é justamente a Trilha da Memória da Indústria. Lá as pessoas poderão conhecer as contribuições da indústria maranhense para o desenvolvimento social, econômico e humano do estado. O uso de tecnologias como realidade virtual e outros recursos interativos conduzirão o visitante pelo museu da indústria.
Entre as informações disponíveis na Trilha da Memória, o público fica sabendo que produtos da terra como tabaco, algodão, pimenta e madeiras faziam parte do comércio, em 1615, quando da retomada do Maranhão pelos portugueses com a Batalha de Guaxenduba. Ou ainda vê fotos históricas das fábricas que foram construídas no Maranhão, entre elas a Cânhamo e a Fábrica de Tecidos Santa Isabel, da qual William Nagem foi diretor-técnico.
A partir de novembro, o SESI Casarão estará aberto à visitação do público em geral. As pessoas poderão conhecer outros aspectos relevantes da história da indústria maranhense. O SESI Casarão da Indústria materializa a relevância de parcerias público-privada para construção de um estado próspero social e economicamente.
HISTÓRICO
Atualmente, a indústria maranhense participa com 18,5% do nosso PIB, gera 72% das exportações do estado, é responsável por 9,7% da produção industrial no Nordeste e é composta por 99,1% de micro, pequenas e médias empresas.
A FIEMA teve como primeiro presidente o industrial Haroldo Cavalcanti. O governo militar interrompeu a sua atuação em 1964, sendo retomada quatro anos depois. A Federação tem por principal missão defender os interesses da indústria maranhense e busca, constantemente, construir um setor industrial forte e preparado para os desafios de cada época.
Se no passado o setor industrial maranhense teve um expressivo polo têxtil, de oleaginosas e da indústria de saneantes, hoje a Federação discute questões emergentes como o mercado de crédito de carbono, utilização de energias renováveis, hidrogênio verde, Indústria 4.0, aprimoramento da Reforma Tributária, investimentos na área aeroespacial e governança ambiental, social e corporativa, entre tantos outros temas relevantes.
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