Investigação

Jovem desaparecido é encontrado morto e com sinais de tortura em São Luís

Alison David Barbosa da Cruz, de 20 anos, tinha diagnóstico de autismo, retardo mental e fobia social.

Imirante.com

Atualizada em 19/09/2023 às 16h28
Alison David Barbosa da Cruz, de 20 anos.
Alison David Barbosa da Cruz, de 20 anos. (Foto: Arquivo Pessoal)

SÃO LUÍS - Parentes de Alison David Barbosa da Cruz estão revoltados com a falta de respostas da polícia após o jovem, de 20 anos, desaparecer e ter sido encontrado morto, com sinais de tortura, no bairro São Raimundo, em São Luís.

De acordo com a família da vítima, Alison David Barbosa da Cruz tinha diagnóstico de autismo, retardo mental e fobia social. Na noite do dia 6 de setembro, ele saiu de casa com dois irmãos para ir a Expoema. Logo após, o jovem desapareceu no bairro São Raimundo.

"Ele estava inquieto e decidimos levar ele pra Expoema, para brincar no parque. Na volta, fomos a uma pizzaria e comemos. Quando estávamos em uma rua, voltando pra casa, ele foi andando na frente. A gente sempre olhando ele. Porém, de repente, ele começou a acelerar os passos e dobrou em um canto. Depois disso, ele desapareceu. A gente foi procurar e não encontrou de jeito nenhum", disse Adrielle Barbosa, irmã de Alison.

Após o desaparecimento, Alison foi procurado por todo o bairro do São Raimundo. Ele só foi encontrado na sexta-feira (8), em uma área de matagal, com vários ferimentos e sinais de tortura.

"Quando ele desapareceu, a gente começou a divulgar as fotos, ligamos por 190, fizemos o boletim de ocorrência, e nada. Eles [policiais] não vieram. De manhã, ficamos sabendo que tinha um corpo jogado perto de um muro. Quando chegamos, lá estava ele, todo machucado. Foram pauladas", conta Adrielle.

A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) já começou a investigar o caso, mas informou que, até o momento, ninguém foi preso.

"Era uma pessoa pessoa com deficiência mental que não fazia mal pra ninguém, só saía com a gente. A minha maior revolta é que ligamos para polícia. Mais de três pessoas ligaram e não tivemos resposta, até encontrar ele morto. A polícia só veio aparecer na sexta-feira", desabafa a irmã de Alison.

A polícia disse que a investigação do caso é conduzidas pela Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) e que segue avançada, inclusive com a identificação dos suspeitos. Porém, informou que não dará detalhes para não prejudicar o andamento da investigação.

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