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Cigarro eletrônico: apesar da proibição, uso de vapes é alto entre jovens; saiba os riscos

Muito popular entre jovens, o uso de cigarro eletrônico é ainda mais perigoso que o do cigarro tradicional.

Imirante.com

Atualizada em 31/08/2023 às 10h21
O uso de cigarro eletrônico é ainda mais perigoso que o do cigarro tradicional.
O uso de cigarro eletrônico é ainda mais perigoso que o do cigarro tradicional. (Divulgação)

SÃO LUÍS - O cigarro eletrônico, mais conhecido como vape, se popularizou como uma alternativa menos danosa que o cigarro, ajudando a diminuir o vício. No entanto, o dispositivo provou ser mais nocivo que o próprio cigarro tradicional, levando usuários cada vez mais novos a desenvolverem doenças respiratórias, cardiovasculares e problemas de saúde mental.

A diferença entre os dois tipos de cigarros é que enquanto o tradicional funciona por meio da combustão de alcatrão, nicotina e um composto de mais de 40 substâncias químicas, os eletrônicos produzem vapores saborizados, possuindo substâncias como glicerol, glicerina vegetal, propilenoglicol e ainda mais nicotina.

"[O cigarro eletrônico] tem até hoje substâncias a Anvisa não patenteou e não acompanha. Inclusive, eles são proibidos no território brasileiro, tanto para o uso quanto para o comércio", diz o diretor do Centro de Atenção Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas do Maranhão (Caps), Marcelo Costa.

Conforme a resolução nº 46, de 28 de agosto de 2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é proibida a comercialização, importação e propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar.

Apesar disso, um levantamento realizado neste ano aponta que quase um em cada cinco brasileiros de 18 a 24 anos usaram o cigarro eletrônico pelo menos uma vez na vida.

"Muitas pessoas estão tendo internações decorrentes dos óleos que tem dentro desses cigarros, que acabam entrando no pulmão e são irreversíveis as situações que eles vão provocar, porque não tem como depois você tirar esse óleo do sistema pulmonar", diz Marcelo.

Além dos danos causados ao sistema respiratório, estudos também demonstram que o vapor inalado pode comprometer o sistema cardiovascular e aumentar o risco de câncer de pulmão e em outros órgãos.

"Outro problema grave são os transtornos de ansiedade e depressão, provocados pelo consumo excessivo. Estudos atuais apontam que aumentou em 20 vezes o consumo de álcool e probalidade de usar maconha nas pessoas que fazem uso dos cigarros eletrônicos", afirma Marcelo. 

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